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Alpinista nepalesa de 48 anos se torna a primeira mulher a escalar Monte Everest por 10 vezes

Lhakpa Sherpa havia escalado a montanha de mais de 8 mil metros pela última vez em 2018

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Por Redação
Atualização:

Lhakpa Sherpa, de 48 anos, se tornou a primeira mulher a alcançar o topo do Monte Everest, a pico mais alto do mundo, 10 vezes. Com isso, a nepalesa quebra seu próprio recorde, que havia sido alcançado em 2018, quando escalou os mais de 8.800 metros da montanha pela última vez.

Seu irmão, Mingma Gelu, foi quem confirmou a conquista de Sherpa. Mãe solteira, a alpinista nasceu em uma família com outros dez irmãos, sem educação formal e trabalhou boa parte da sua vida como zeladora. Em 2016, foi reconhecida pela BBC como uma das 100 mulheres mais inspiradoras e influentes daquele ano.

Lhakpa Sherpa, de 48 anos, já superou os desafios do Monte Everest por dez vezes Foto: Navesh Chitrakar/Reuters

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Na infância, morou em um pequeno vilarejo a mais de 4.000m acima do nível do mar. Sua família tem origem nos nômades tibetanos, acostumados a viverem em condições naturais extremas. "Eu nasci em uma caverna", brincou, em entrevista à BBC. "Eu nem sei minha data de nascimento. Meu passaporte diz que tenho 48 anos". 

"Lembro-me de ter que caminhar por horas, às vezes carregando meus irmãos para a escola, só para ser mandada embora quando chegasse lá. Naquela época, as meninas não podiam ir à escola", afirmou. Sherpa cresceu ao lado do Everest e não esconde que a montanha gerava fascínio e inspiração quando menor.

Esse não é o único recorde quebrado pela alpinista. Há mais de 20 anos, Sherpa se tornou a primeira a alcançar o pico do Everest. "Senti que alcancei meu sonho quando cheguei ao cume do Everest pela primeira vez. Pensei comigo mesma: 'Chega de ser apenas uma dona de casa!'", afirmou a nepalesa. Suas conquistas estão registradas no Guiness Book.

Agora morando nos Estados Unidos, em Connecticut, precisou de ajuda financeira para quebrar a marca e escalar o Everest pela décima vez. "Vivo de salário em salário, economizando apenas o suficiente para retornar ao Nepal, em média, a cada dois anos. Não tenho treinador, nutricionista e não tenho acordos de patrocínio", afirmou em nota na qual pedia recursos para alcançar seu sonho.

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