Americana pode perder medalhas de ouro

A velocista norte-americana Kelly White poderá perder as duas medalhas de ouro que conquistou nas provas de 100m e 200m do Mundial de Atletismo.

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Por Agencia Estado
Atualização:

A velocista norte-americana Kelly White poderá perder as duas medalhas de ouro que conquistou nas provas de 100m e 200m do Mundial de Atletismo disputado na semana passada em Paris. O exame antidoping da atleta deu positivo por uso de modafinil. A substância, um estimulante psicomotor, não está na lista de produtos proibidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), mas ficou provada sua relação como substância dopante. O modafinil foi encontrado na urina da atleta depois da final dos 100 metros, mas não depois da final dos 200, que aconteceu quatro dias depois. No entanto, a IAAF (Federação Internacional das Associações de Atletismo) considera que a atleta seria desclassificada da competição, por isso também perderia a segunda medalha de ouro. A IAAF informa que o modafinil é classificado como um estimulante fraco, mas que deverá ser colocado em uma lista de substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidoping já a partir de 2004. A entidade vai ouvir os argumentos da atleta para depois tomar uma decisão. Por conta disso, White foi autorizada a competir no próximo sábado no Meeting de Bruxelas, última competição da Golden League. A Federação lembra, no entanto, que para este tipo de estimulante o regulamento prevê uma advertência pública e a desclassificação da competição, o que para a atleta significaria a perda das duas medalhas. Caso se constate que se trata de um estimulante forte, além de perder as medalhas, White enfrentaria uma punição de dois anos de suspensão. Em entrevista coletiva, Kelly White negou ter se dopado. Ela garantiu que ingeria o medicamento sob prescrição médica para tratar de uma doença hereditária. O modafinil é utilizado para tratamentos de doenças como a narcolepsia, uma doença do sono. Se for confirmada a perda das medalhas, haverá mudanças no quadro de medalhas do Mundial de Paris. Nos 100 metros, cuja final foi disputada no dia 24, a americana Torri Edwards ficaria com o ouro, a ucraniana Zhanna Block seria prata e Chandra Sturrup, de Bahamas, ganharia a medalha de bronze. Nos 200 metros, a russa Anastasiya Kapachinskaya passaria a ser a nova campeã mundial, com Edwards em segundo e a francesa Muriel Hurtis em terceiro.

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