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Americanas derrubam marca de 27 anos no revezamento 4x100 metros

Quarteto norte-americano levou o ouro que os país não ganhava havia 16 anos

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Por AMANDA ROMANELLI e LONDRES
Atualização:

O quarteto fantástico da velocidade americana voou baixo na noite londrina para bater o segundo recorde mundial do atletismo no Estádio Olímpico. Ausentes do lugar mais alto do pódio desde os Jogos de Atlanta, em 1996, a equipe formada por Tianna Madison, Allyson Felix, Bianca Knight e Carmelita Jeter tinha a missão de retomar o ouro do revezamento 4 x 100 metros em Londres. Não só conseguiram a vitória, como derrubaram de maneira assustadora uma marca que durava quase 27 anos.Pela primeira vez na história, um revezamento feminino correu abaixo dos 41s. O tempo de 40s82 é mais de meio segundo mais rápido que o recorde mundial obtido pela Alemanha Oriental em 6 de outubro de 1985 (41s37). A Jamaica, que, assim como os EUA, não conseguiu concluir a prova em Pequim/2008, ficou com a prata (41s41). A Ucrânia foi bronze, com 42s04. "Eu sabia que essas garotas iriam correr com o coração. Também sabia que iríamos ser muito rápidas", disse Carmelita Jeter, vice-campeã olímpica dos 100 metros e bronze nos 200 metros, responsável pela última perna do revezamento. "Havia uma nuvem negra sobre nós, com as pessoas dizendo 'Elas não conseguem, elas vão deixar o bastão cair'. Mostramos agora que podemos."A decepção ficou por conta da participação brasileira. Após baterem o recorde sul-americano pela terceira vez em menos de um ano, a equipe formada por Ana Cláudia Lemos, Franciela Krasucki, Evelyn dos Santos e Rosângela dos Santos não passou da 7.ª posição. O tempo em relação à semifinal, que foi de 42s55, piorou para 42s91. "Foi o melhor que pudemos fazer hoje", disse Ana Cláudia. "Estamos satisfeitas como time, mas, para correr perto de 41s, precisamos melhorar nossas marcas individuais."Para o técnico Katsuhico Nakaya, a disputa entre EUA e Jamaica elevou o nível da prova de revezamento. "Era o que se esperava, a rivalidade está fazendo com que haja uma grande melhora no nível mundial. Os países estão mais rápidos e também treinando a passagem." O treinador admite que esperava que a equipe mantivesse pelo menos o tempo da semifinal. "De qualquer forma, temos um grupo jovem, que poderemos continuar trabalhando até 2016."4x100M FEMININO

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