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Américas vivem inferno astral em 2008

Xarás sofrem de Norte a Sul do País

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Por Silvio Barsetti e RIO
Atualização:

Está lá no hino do time de coração de Lamartine Babo: "América unido vencerás!" Ele se referia ao América do Rio, ?pai? de dezenas de outros clubes homônimos no Brasil. Se um América só, unido ou não, não consegue dar alegria a seus torcedores, o que dizer de três, quatro, cinco, meia dúzia de Américas que se encontram em situação crítica e parecem cúmplices de um inferno astral sem fim. Os seis principais Américas do País vivem um momento tão ruim, que o melhor deles nos últimos anos, o de Natal, ainda amarga o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, no fim de 2007, após a pior campanha de uma equipe na competição desde que passou a ser disputada por pontos corridos, em 2003. O do Rio, o mais tradicional, com 104 anos de vida, se vê cada vez mais próximo da queda (inédita) para a Segunda Divisão carioca - acumula seis derrotas, três empates e só uma vitória. O América de Minas já passa por essa provação e disputa quase no anonimato a Segundona de seu Estado. Há piores... O de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, luta para não ser rebaixado da Série A2 para a A3 do Campeonato Paulista. E há os Américas de Sergipe e Amazonas. O primeiro, campeão estadual em 2007, hoje nem sequer alcançaria a semifinal. Para piorar, foi eliminado da Copa do Brasil ao levar 4 a 0 do Fortaleza. O América-AM fechou o primeiro turno do torneio local, com dez equipes, no sexto lugar. Que tristeza! Já houve até quem, em tom de brincadeira, propusesse uma Copa dos Américas, torneio que reuniria os seis melhores Américas do Brasil e dois convidados especiais: O América do México e o de Cali, na Colômbia. Mas nem eles andam bem. O do México, com péssima campanha no Torneio Clausura, de seu país, demitiu mês passado o técnico argentino Daniel Brailovsky. E o de Cali, time mais popular da Colômbia, está na mira da Justiça esportiva de seu país após distúrbios no início do mês entre seus torcedores e os do Deportivo Cali, num clássico local. Por sinal, o símbolo do América de Cali é o mesmo dos Américas do Rio, Natal e Sergipe: ?o diabo?, com tridente e um sorriso capcioso. Há quem diga por aí que o gênio das trevas resolveu se rebelar neste início de 2008 para perseguir até mesmo seus ?aliados?.

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