PUBLICIDADE

Publicidade

André Domingos focado nos 4 x 100m

Por Agencia Estado
Atualização:

O velocista André Domingos, de 32 anos - "em um corpinho de 15", conforme define sua atual boa forma - adiou a aposentadoria em 2003 para disputar a sua quarta Olimpíada como um dos corredores mais importantes do revezamento 4 x 100 metros. André tem vaga garantida entre os quatro titulares que disputam a prova dias 27 e 28, no Estádio Olímpico de Atenas. AE - Você obteve vaga nos 100 metros rasos, no Troféu Brasil de Atletismo, com sua segunda melhor marca pessoal, que é de 10s15. E sua participação aqui? André - Essa não é a minha prova e aqui, em Atenas, não é a minha prioridade correr os 100 metros, individual. Entrei na preliminar, sem responsabilidade nenhuma, apenas para ganhar ritmo para o revezamento 4 x 100 metros que, sem dúvida alguma e todos já sabiam disso, é a prioridade do Brasil. AE - Você é um especialista nos 200 metros. Por que decidiu não correr a prova? Eu fiz um acordo com o meu técnico, o Jayme Neto Júnior, para não correr os 200 metros. Isso porque na programação essa distância seria disputada nos dias 25 e 26. E sabe que são quatro tiros (corridas), entre preliminar, semifinal e final para os atletas que passam. Eu chegaria muito cansado ao revezamento, que realmente é a nossa prioridade, e poderia comprometer. AE - Como vocês está vendo o fenômeno jamaicano Asafa Powell, um garoto de 21 anos, que é cotado para substituir o atual campeão olímpico, o norte-americano Maurice Greene? O Greene realmente é bem mais experiente, mas o jamaicano, já deu para ver, corre muito forte. Os Estados Unidos são realmente favoritos ao revezamento 4 x 100 m, porque têm quatro atletas que correm a distância com um tempo inferior a 10 segundos. Mas o resto é o resto, Japão, Jamaica, Inglaterra, Alemanha... É firmar e correr com tudo, partir para cima, não ter medo de ninguém. AE - Sem o Claudinei Quirino, que não conseguiu o índice, esse revezamento muda de cara. As últimas formações tinham você, o Edson Luciano e o Vicente Lenílson, mais o Claudinei. É verdade, vai mudar. O Vicente nunca correu para fechar a prova, nunca recebeu o bastão. Eu, que sempre sou o terceiro na disputa, um corredor de curva, vou ter de entregar o bastão para ele. Também nunca fiz isso - eu passava a prova para o Claudinei Quirino, que tem a mesma altura que eu. O Vicente é baixo e tivemos de aperfeiçoar essa passagem. Eu tive de aprender o tempo da mão do Vicente e ele teve de corrigir a altura do braço. AE - Essa prova depende de detalhes desse tipo? Eu estava envergando um pouco o corpo, como que abaixando, para entregar o bastão e nós perdíamos tempo. Essa passagem tem de ser precisa, é mesmo muito, mas muito importante. AE - O Asafa Powell está confiante, sendo tão jovem? Eu conversei com ele e, pelo que senti, está muito confiante. Toda hora que o Maurice Greene passa perto dele dá uma respirada funda. AE - O que você acha do Estádio Olímpico? Estou adorando, é maravilhoso, a pista é linda, muito rápida. Só o calor, que é mesmo muito forte, incomoda.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.