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Andrés Sanchez será o chefe do Brasil na África

Por Sílvio Barsetti do Rio
Atualização:

Vai ser fora de campo, mas o Corinthians terá um representante de peso na Copa do Mundo da África do Sul. O presidente do clube, Andrés Sanchez, será o chefe da delegação brasileira na competição, mantendo tradição de quase 40 anos - desde a Copa de 1974, com Antônio do Passo, ex-dirigente da CBD (Confederação Brasileira de Desportos), todos os contemplados para a função tinham de ser figuras de destaque no comando.Nos Mundiais de 2002 e 2006, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) optou por dois presidentes de federações de grande importância política para a entidade - no Japão e na Coreia do Sul, coube a Weber Magalhães, de Brasília, representar a CBF. Na Alemanha, a tarefa ficou a cargo de Marco Polo Del Nero, até hoje o todo-poderoso da Federação Paulista de Futebol.A escolha de Sanchez é prova de que o Corinthians está em alta na CBF. Na segunda-feira, votou em Kleber Leite na eleição vencida por Fábio Koff no Clube dos Treze. Leite era o candidato que tinha o apoio de Ricardo Teixeira, presidente da CBF.Na África do Sul, Sanchez atuará como embaixador do futebol brasileiro, participando de atividades oficiais da Fifa e do Comitê Organizador. Não terá ingerência no dia a dia da comissão técnica e deverá tomar cuidado com as declarações públicas.Na Copa das Confederações da África, no ano passado, a CBF afagou o presidente da Federação Paraense de Futebol, coronel Antonio Carlos Nunes, com o convite para o posto de chefe da delegação. Não se sabe se por falta de orientação, o dirigente causou mal-estar entre a CBF e o Comitê Organizador do Mundial africano ao declarar que teria medo de levar a família ao país.Marechal da Vitória. O cargo de chefe da delegação brasileira em Copas do Mundo ganhou notoriedade nos Mundiais de 1958, na Suécia, e em 1962, no Chile, com a atuação de Paulo Machado de Carvalho, que ficou conhecido como o "Marechal da Vitória" por causa dos dois títulos conquistados. Nos últimos anos, a indicação passou a ter cunho político, com a presença de presidentes de clubes e federações. A curiosidade é que em 1998, na Copa da França, o chefe da delegação brasileira foi Fábio Koff, que já era presidente do Clube dos 13. Hoje, Koff é um dos maiores rivais de Teixeira.

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