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Antidoping ganhou credibilidade após Pequim, diz COI

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Por STE
Atualização:

O Comitê Olímpico Internacional (COI) tem mais credibilidade no combate ao doping desde os Jogos de Pequim, onde só oito atletas foram suspensos por uso de substâncias proibidas, disse na terça-feira o presidente da entidade, Jacques Rogge. De acordo com ele, outros três atletas estão recorrendo de exames positivos, assim como quatro saltadores cujos cavalos foram barrados. Isso significa um máximo de 15 casos, enquanto Rogge esperava de 30 a 40 casos na Olimpíada de agosto passado. Em entrevista coletiva em Genebra, o belga disse também que a China "se abriu" durante os Jogos, deixando um legado importante em termos de novas instalações esportivas, conscientização ambiental e infra-estrutura, como um novo terminal de aeroporto e um metrô melhor. "Estamos convencidos de que nossos esforços frutificaram", disse Rogge. "Mesmo que, é claro, o doping nunca vá ser resolvido, temos mais credibilidade do que nunca, e está mais difícil para os atletas usar drogas." Cerca de 4.500 exames foram realizados durante a Olimpíada de Pequim. Em Atenas-04 haviam sido 3.500. Mas Rogge lembrou que, nos exaustivos exames dos meses prévios à Olimpíada, 40 atletas haviam sido suspensos. "O doping nunca vai desaparecer da sociedade, porque o doping está para o esporte como a criminalidade está para a sociedade, e toda sociedade no mundo precisa de polícia, justiça e prisões. O mesmo vale para o doping", comparou Rogge. "Estamos lutando muito para reduzi-lo ao menor nível possível." Questionado sobre os direitos humanos, a liberdade de imprensa e o acesso à Internet na China, Rogge argumentou que a Olimpíada foi "uma força para o bem", com uma "influência positiva" para o país anfitrião. "Os Jogos Olímpicos são apenas um catalisador para mudanças, não uma panacéia. As pessoas não podem esperar que os Jogos consigam o que outros não conseguiram". Sobre a atual crise financeira global, o presidente do COI disse que a Olimpíada de Inverno de Vancouver-2010 está "financeiramente garantida", e que os responsáveis pelas obras para os Jogos de Londres-2012 informaram num recente relatório que vão conseguir as verbas adequadas. Rogge, cujos oito anos de mandato terminam em 2009, não quis dizer se vai concorrer a mais quatro anos.

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