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Aos 15, Flávia Saraiva não sente pressão por conquistas na ginástica

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Por DEMÉTRIO VECCHIOLI E NATHALIA GARCIA
Atualização:

A jovem Flávia Saraiva passou de estreante a principal estrela da etapa de São Paulo da Copa do Mundo de Ginástica Artística, neste domingo, com graciosidade no solo e leveza na trave. Ela conquistou as medalhas de ouro e prata e teve até nota de campeã mundial. Mas a atleta, de apenas 1,33 m, não parece sentir o peso da expectativa que só aumenta sobre seus pequenos ombros."Fiquei muito feliz com os dois resultados, treinei bastante para conseguir", afirma. Quando perguntada se estaria preparada para os Jogos Olímpicos do Rio, não esperou o fim da questão e completou: "Amanhã? Claro." Mesmo com tamanha convicção, ela admite que é preciso treinar muito para adquirir mais segurança.O técnico Alexandre Carvalho tenta não ser levado pela euforia dos brasileiros e adota cautela com a nova joia da ginástica. "A ideia é preparar a Flávia para ser uma atleta. De uma atleta para uma campeã tem um espaço muito grande. Ela é nova, tem 15 anos, é seu primeiro ciclo olímpico", afirma.E ele estabelece metas pouco ambiciosas para Flávia nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em julho. "Não penso em medalha. Ela tem que fazer a parte dela, a medalha é consequência. A gente quer pegar final", projeta.Flávia está em seu primeiro ano na categoria adulta, mas já tinha dado o que falar no ano passado durante os Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim (China). Além da diferença de nível técnico, a novata sentiu o contraste da torcida brasileira com a chinesa. "Os chineses são muito quietinhos, batem só um pouco de palmas, a gente gosta de barulho."E ela garante se sentir à vontade como protagonista. Enquanto esperava sua nota da trave, Flávia interagiu com o público brasileiro pelas lentes da câmera que a filmava. "Sinto como se fosse um incentivo, a torcida ajuda bastante a gente."

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