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Após ouro em Londres, Paula Pequeno não se vê nos Jogos do Rio

Ponteira entende que seu ciclo olímpico na seleção brasileira chegou ao fim em 2012

Por Alessandro Lucchetti , Paulo Favero e Jamil Chade
Atualização:

LONDRES - Se em Pequim ela foi decisiva, desta vez Paula Pequeno não teve um papel tão importante dentro de quadra nos Jogos de Londres. A ponteira acabou perdendo a posição para Fê Garay e entende que seu ciclo olímpico na seleção brasileira chegou ao fim. "Acho que ainda posso disputar um Mundial, mas na Olimpíada, tenho a impressão de que encerro por aqui. Minha filha está crescendo e não sei se tenho condição psicológica para continuar."Por causa da competição, ela teve de ficar longe de Mel, de 6 anos. Conversava bastante por telefone, mas sente falta do convívio diário. "Gostaria de ter mais tempo para ela", conta Paula, que cumpriu mais uma vez o que prometeu para a menina. "Assim como em Pequim, ela pediu para eu levar para ela uma medalha. E mais uma vez consegui."Ela reconhece que não foi aproveitada como na última edição dos Jogos e evita dizer que não estava em boa fase. "Eu cheguei bem fisicamente e tecnicamente, mas de certa maneira, acho que fui mal aproveitada. Apesar de não ter atuado muito, sou bicampeã olímpica do mesmo jeito."Paula conta que, se não podia ajudar tanto em quadra, fez o seu papel do lado de fora e ajudou as meninas mais novas e suportarem a pressão. "Mesmo fora, eu fiz de tudo para manter o time unido. Essas eram as armas que eu tinha. Soubemos reverter situações complicadas, nos unimos e vencemos."Para ela, a vitória sobre a Rússia nas quartas de final foi um divisor de águas e a partir daí o time cresceu muito na competição. Sem saber até onde vai jogar na próxima temporada, ela disse que deseja apenas comemorar sua segunda medalha de ouro olímpica. "O peso das duas medalhas é o mesmo, acho que não existe balança que consiga medir essa satisfação."

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