Arenas da Copa 2014 ganham ritmo e começam a tomar corpo

Construção e reforma estão em nível satisfatório, mas ainda há problemas em alguns locais

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Por Almir Leite
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SÃO PAULO - A principal preocupação da Fifa, agora, é com a Lei Geral da Copa, prevista para ser aprovada em março e que provavelmente não vai agradar inteiramente à entidade, porque o capítulo sobre responsabilidade civil da União não deve sair do jeito que Joseph Blatter e sua turma queriam. O grande motivo anterior de calafrios, no entanto, está deixando de existir. O ritmo de construção e reforma de arenas é, enfim, satisfatório. Há problemas, claro, mas que não parecem capazes de tirar o sono dos dirigentes da "dona do Mundial'' e do Comitê Organizador Local (COL). Pelo menos no momento.A Fifa começou 2012 marcando de perto as obras nas 12 arenas. Viu e recebeu boas notícias. Com exceção da Arena das Dunas, cuja situação foi classificada pelo secretário-geral da Fifa como "preocupante'', o ritmo dos demais estádios não causa sobressaltos."Não há nenhum calendário problemático na construção das arenas'', resumiu o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, ele mesmo empenhado numa peregrinação por todas as cidades-sede, em visitas que têm na vistoria dos estádios a atribuição principal. O governo federal também marca as arenas sob pressão.Além da obra em Natal, atenção maior, de acordo com um dos inspetores da Fifa que observa com lupa as construções, só merecem a Arena de Pernambuco (nesse caso, por ter até o meio do ano para se mostrar apta a receber a Copa das Confederações em 2013), a Arena da Baixada e o Beira-Rio. Mas o ritmo das obras na Fonte Nova, no Estádio Nacional Mané Garrincha, Mineirão e, sobretudo, a rapidez com que está subindo o Itaquerão, recebe elogios rasgados.A rigor, nem mesmo os estádios de Atlético-PR e Internacional (com obras paralisadas há quase oito meses) preocupam, pois ambos estão sendo "incrementados'' para que possam receber a Copa. Ou seja, não carecem de reformas profundas. Isso leva até a situações curiosas, com a da Arena da Baixada. Como pouca coisa nova foi feita até agora, há quem defenda que apenas 5% das obras estão concluídas. O Atlético sustenta que 60% do estádio está pronto.NOVELA O Beira-Rio está com as obras paradas porque o Inter e a Construtora Andrade Gutierrez ainda não assinaram o contrato que viabilizará a retomada dos trabalhos de reforma. Pressionada, a empresa publicou na imprensa gaúcha, na sexta-feira, nota sobre o impasse.De acordo com a construtora, ainda não há acordo sobre as garantias que os demais integrantes da Sociedade de Propósito Específico (SPE) receberão. Os investidores da obra, atualmente orçada em R$ 290 milhões, estão definidos - a empresa será um deles, com participação de 20%. "Essa é única pendência relevante para a formação da SPE, uma vez que as garantias financeiras são necessárias para pleitear a linha de financiamento ao projeto no BNDES'', diz a empresa.O presidente do Inter, Giovanni Luigi, tem demonstrado otimismo. Mas, por via das dúvidas, evita estabelecer uma data para a assinatura do tal contrato.

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