Arquiteta rebate críticas após Tóquio desistir de estádio de US$ 2 bi para Jogos

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Por Redação
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O escritório de arquitetura por trás do projeto cancelado para o estádio olímpico dos Jogos de 2020 culpou o processo de licitação pelos custos elevados de construção, rebateu as acusações de que isso se deu pelo design sugerido por ele. O Zaha Hadid Architects disse que as empreiteiras responsáveis pela obra foram escolhidos antes da apresentação das estimativas de custos em um processo de licitação em duas etapas. O custo subiu para US$ 2 bilhões (aproximadamente R$ 7,8 bilhões), quase o dobro da estimativa inicial, e mais caro do que qualquer estádio já construído."Não foi levado em consideração o nosso alerta de que a seleção de empreiteiras muito cedo em um aquecido mercado da construção, e sem concorrência suficiente, levaria a uma alta excessiva do custo de construção", disse o escritório da famosa arquiteta iraquiana Zaha Hadid através de comunicado divulgado nesta terça-feira.Em 17 de julho, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, anunciou que os planos iniciais de construção do estádio estavam cancelados. O alto valor anteriormente aprovado gerou reprovação pública no Japão e o governo do país acabou optando por abandonar o projeto. Assim, a capital japonesa agora terá de orçar a construção de uma arena olímpica com um custo mais baixo.Abe instruiu o Ministério dos Esportes do Japão e o Conselho Esportivo do Japão a começar a preparar imediatamente um processo de escolha de um novo plano de construção do estádio para os Jogos de 2020.A construção da arena principal da Olimpíada de Tóquio estava inicialmente programada para começar em outubro deste ano, após o Japão ter aprovado um polêmico projeto de Zaha Hadid, que provocou fortes críticas de profissionais japoneses por ser muito grande e caro. O projeto previa a construção de dois arcos enormes no topo do estádio, um recurso que os críticos haviam responsabilizado pela elevação nos custos.Com o cancelamento dos planos desta bilionária obra, Abe também confirmou que o novo Estádio Nacional não ficará pronto a tempo para receber a Copa do Mundo de Rúgbi de 2019.

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