30 de janeiro de 2020 | 03h02
A Associação Chinesa de Futebol (CFA, federação nacional) anunciou nesta quinta-feira, dia 30, a suspensão das competições esportivas em todo o país, incluindo a principal divisão da liga de futebol, a Super Liga, devido ao surto causado pelo novo coronavírus, que já deixou pelo menos 170 mortos. Em uma breve declaração em seu site, a CFA informa que "para cooperar com a prevenção e controle" do surto e "para garantir a saúde" de jogadores, funcionários e torcedores, o início da temporada 2020 será adiado para "partidas de futebol de todos os níveis do país".
Número de mortos por coronavírus chega a 170, maior aumento absoluto desde o início do surto
A nova temporada estava programada para começar em 22 de fevereiro. A agência não estabeleceu um calendário para as competições e limitou-se a apontar - como as demais instituições do país que anunciaram encerramentos ou suspensões de serviços - que as informações a esse respeito "serão publicadas em tempo hábil".
A federação chinesa afirmou que continuará em "contato próximo" com as autoridades nacionais e que será estabelecido um calendário para as competições com os ajustes necessários à medida que o surto se desenvolver nas diferentes regiões da China.
Finalmente, a Super Liga Chinesa, que alcançou notoriedade mundial por cinco anos por suas contratações de preços e salários exorbitantes, não poderá começar agora. Na quarta-feira, dia 29, o CFA anunciou que as equipes dessa divisão que participam da Liga dos Campeões da Ásia jogarão fora os três primeiros jogos que planejavam fazer em seus estádios.
Na primeira divisão chinesa está o Wuhan Zall, equipe da cidade de Wuhan, epicentro do surto e capital da província de Hubei. A equipe é liderada pelo espanhol José González, que chegou na noite de quarta-feira ao aeroporto de Málaga para continuar no sul da Espanha com sua concentração e trabalho de pré-temporada. A chegada do time chinês levantou alguns temores que as autoridades sanitárias espanholas se encarregaram de dissipar. Uma das explicações dadas: a equipe treinava fora de Wuhan desde 4 de janeiro, excedendo muito o período de incubação da doença. José González disse, em declarações aos jornalistas, que sua permanência na Espanha "não representa perigo para ninguém" no país. /EFE
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