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Atleta visualiza pódio na S. Silvestre

Adriana Aparecida da Silva melhorou seu posicionamento na prova em 62 posições depois de ter estreado em 1995. Depois de ficar em 68 º, hoje já está entre as dez melhores.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Há nove anos, Adriana Aparecida da Silva estreou na São Silvestre com o objetivo de apenas completar a prova. Foi a 68ª colocada. De lá para cá, melhorou ano a ano e ganhou 62 posições, terminando em sexto na última edição. Hoje, aos 23 anos, ela se diz preparada para subir ao pódio na corrida de sexta-feira. "Minha expectativa é estar no pódio, chegar entre as cinco primeiras será uma grande vitória", diz a atleta, natural de Cruzeiro, no Vale do Paraíba. A primeira experiência em provas de rua foi aos 12 anos, num percurso de oito quilômetros. Foi campeã. Logo, foi chamada pela equipe Papaléguas, da sua cidade. Competiu em provas de pista, nos 5.000 e 10.000m, e representou a Seleção Brasileira juvenil em campeonatos mundiais e sul-americanos. A melhor posição foi um quarto lugar. Antes de se tornar atleta, Adriana trabalhou por dois anos como empregada doméstica e babá. "Era muito novinha, mas tinha de ajudar minha mãe (Jandira), porque perdemos o meu pai cedo", conta. Mas a primeira medalha de ouro mudou a sua trajetória. Quando foi chamada para integrar a equipe de corrida da Papaléguas, a família da casa na qual ela trabalhava estava de férias. "Na volta, dei a notícia, de que viveria do atletismo, porque teria de viajar muito. A família ficou sentida", lembra. Correr a São Silvestre sempre foi prioridade para Adriana, que intensificou os treinamentos. São dois treinos por dia, chegando a 140 km por semana. Corre sempre sozinha na parte da manhã e nos percursos mais longos, é supervisionada de moto pelo técnico Sebastião do Prado. Com o sexto lugar na última São Silvestre, ela se motivou ainda mais. Em agosto, teve a primeira surpresa do ano: foi a terceira colocada na Meia Maratona do Rio. Em seguida, foi quinta na Volta da Pampulha. Com tantos anos de São Silvestre, Adriana aprendeu a dosar cada trecho do percurso de 15 km. "A subida da Brigadeiro é apontada como a mais difícil porque é o final da prova e todo mundo está no limite. Mas há outras subidas que podem determinar a prova", diz. Como a subida do Minhocão. Às vezes "parece que ela já está acabando, mas não, muita gente ?quebra? ali". No começo da carreira, ela não gostava da Av. Rio Branco, "um retão que não tem fim", porque não tinha bom condicionamento físico. Grude - Para este ano, Adriana tem estratégia definida: grudar nas quenianas, para não dar "bobeira" na largada, como nos últimos anos. E vai manter um hábito nada comum na véspera. "Como muito chocolate, mato uma caixa de bombons." O time queniano tem dez atletas: Robert Cheruiyot (campeão em 2002), Lydia Cheromei (bicampeã em 1999 e 2000), Lawrence Kiprotich (campeão da Volta da Pampulha), Mathew Cheboi, Teresia Kipchumba, Peninah Limakori, Benso Cherono, Benson Barus, Stephen Biwott, John Guaco.

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