21 de julho de 2007 | 13h44
Eles juram não se importar, pois isso, afinal, acontece em praticamente qualquer ponto do planeta em que alguém de sua nacionalidade esteja presente. Mas, no fundo, os americanos se incomodam com as vaias que recebem tão logo sua nacionalidade é anunciada pelos alto-falantes ou quando surge sua bandeira. Veja também: O quadro geral de medalhas Os detalhes das modalidades em disputa "Sabemos que os motivos são políticos, mas ninguém gosta de levar uma vaia", comentou a jogadora de vôlei Danielle Scott-Arruda que, na próxima temporada, vai defender o Finasa/Osasco. "Em todos os torneios em que participamos, a reação é a mesma." Casada com um brasileiro e vivendo em São Paulo, ela foi a primeira americana a ser vaiada, justamente por carregar a bandeira de seu país durante a cerimônia de abertura do Pan - só não desbancou o presidente Lula no quesito "vaias no Maracanã". A cena se repetiu em praticamente todas as competições. Na decisão de terceiro lugar do vôlei feminino, por exemplo, em que as americanas venceram as peruanas, o público do Maracanãzinho torcia ostensivamente para as latinas, o que provocava risos nervosos das adversárias. Idêntica reação tiveram os atletas da ginástica artística, muitas vezes atônitos com tamanha desaprovação. O presidente da Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa), o mexicano Mario Vázquez Raña aponta uma explicação sociológica. Para ele, por conta do domínio comercial e cultural que os Estados Unidos exercem no mundo, é natural que sejam contestados. "É uma pressão que vai acontecer sempre."
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