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Atuação fraca, ótimo empate

Em dia de Julio Cesar, seleção fica no 1 a 1 com Equador, em Quito

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Por Eduardo Maluf e QUITO
Atualização:

Os jogadores da seleção brasileira não gostaram nada de ouvir o técnico do Equador, Cixto Vizuete, dizer na semana passada que o seu time era melhor coletivamente do que o adversário. Em Quito, Robinho, Luís Fabiano & Cia. tiveram de baixar a bola e reconhecer que, ao menos ontem, o rival foi superior. Muito superior. E devem comemorar o empate por 1 a 1 pelo que mostraram em campo. A derrota só não chegou graças a mais um ótimo desempenho do goleiro Julio Cesar e ao gol de Júlio Baptista, na sua primeira participação após entrar na vaga do apagado Ronaldinho Gaúcho. Veja mais imagens da partida do Brasil nas Eliminatórias da Copa O resultado derrubou os brasileiros para a quarta colocação das Eliminatórias Sul-Americanas, atrás de Paraguai, Argentina e Chile. Na quarta-feira, o confronto será contra o Peru, em Porto Alegre. Chance de conseguir a vitória e buscar uma melhor atuação. A seleção chegou com moral em Quito após os últimos dois amistosos. Em novembro, goleou Portugal por 6 a 2 e, no mês passado, foi superior à Itália ao vencer por 2 a 0, em Londres. Contra o mesmo Equador, no primeiro turno da Eliminatória, fez 5 a 0 no Maracanã. Ontem, o bom desempenho desapareceu. Se não fossem os Julios... A ausência do machucado Kaká foi sentida pelos companheiros. Sem o meia, que ainda é dúvida para o jogo de quarta-feira, o Brasil perdeu força na armação. O substituto Ronaldinho Gaúcho mais uma vez não teve boa atuação e, nas poucas vezes que pegou na bola, fracassou. No ataque, Robinho e Luís Fabiano também decepcionaram, mesmo porque a bola pouco chegou até eles. A torcida do Equador começou a fazer festa horas antes do jogo. Lotaram o Estádio Olímpico de Atahualpa e vibraram também com a chegada da delegação brasileira. Com o decorrer do jogo, muitos deles - e comentaristas locais - ficaram decepcionados com o nível de jogo dos pentacampeões mundiais. O Brasil jogou como pequeno. No intervalo, Elano contou qual era o propósito da equipe. "Está bom para o contra-ataque." Foi assim mesmo o modo de jogar do Brasil. Time postado atrás, nas tentativas de contragolpe. O que se viu em campo, durante os 90 minutos, foi um rápido e perigoso Equador no ataque. Ninguém trabalhou mais do que Julio Cesar. O goleiro da Inter de Milão começou a sofrer desde cedo. Pegou ao menos quatro chutes do atacante Benítez. Viu Caicedo acertar a trave. "A gente sabia que ia ser difícil, não mostramos nosso melhor futebol", reconheceu o camisa 1. "Eles têm jogadores que não param de correr um minuto, é inacreditável." Julio Cesar é um ótimo goleiro, mas não faz milagres. De tanto ser bombardeado, não conseguiu evitar o empate, aos 44 do segundo tempo. Primeiro, ele pegou o chute de Benítez. A zaga não ajudou e deixou Noboa livre para fazer o gol, no rebote. "Foi uma ducha de água fria, porque é sempre ruim levar gol no fim", disse o goleiro. Apesar da má atuação, o Brasil quase deixou Quito com os três pontos. Aos 27 minutos, Júlio Baptista, que havia acabado de entrar, arriscou de longe para fazer 1 a 0. Luís Fabiano ainda mandou uma bola na trave. Como time pequeno, levou o castigo no final. E o Equador foi embora lamentando as chances perdidas. "Foi muito injusto, dominamos do primeiro ao último minuto", disse o meia Castillo.

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