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Bahia e Spa

Por REGINALDO LEME
Atualização:

Sala de imprensa do circuito de rua de Salvador. Faço aqui um pit stop antes de retomar minha rotina na Fórmula-1, através de Bélgica e Itália, duas corridas de fundamental importância para a permanência de Felipe Massa na Ferrari. Esta é a quarta vez que a Stock Car visita os baianos. E, por mais incrível que pareça, sempre sob ameaça de chuva. No ano passado chegou a chover nos treinos, mas as corridas sempre foram disputadas com pista seca. Desta vez, dizem os baianos aqui, a chance de chuva é maior ainda.Em pista de rua, com carros de turismo, é muito arriscado permitir que 32 carros participem do treino ao mesmo tempo. Por isso, os pilotos serão divididos em dois grupos de 16 nas tomadas de tempo, e na classificação para o grid cada um entra sozinho na pista, com direito a três voltas. A pole position não teve repetição até hoje. Thiago Camilo foi pole em 2009, Cacá Bueno em 2010 e Ricardo Sperafico em 2011. Mas apenas dois venceram o GP: Cacá nos dois primeiros anos e Thiago Camilo, em 2011. A Stock Car foi marcada este ano pela suspensão de dois pilotos como consequência de exame antidoping. Marcos Gomes, punido com suspensão de um ano, será substituído por Felipe Maluhy, que estava fora da categoria desde a segunda etapa. Alceu Feldman, também suspenso por um ano, terá a vaga ocupada por Giuliano Losacco, que foi campeão em 2004 e 2005. O GP da Bahia terá, pela primeira vez, dois pilotos baianos - Patrick Gonçalves e Diego Freitas - no grid da Stock Car, e marca também a volta do experiente Bruno Junqueira, mineiro que foi campeão sul-americano de F-3 em 1997, campeão europeu de Fórmula 3000 em 2000 e chegou a disputar vaga com Jenson Button na equipe Williams de Fórmula 1, antes de correr também na Indy. Desde que foi disputado pela primeira vez, em 2009, o GP da Bahia tem sido o de maior público do campeonato.Saindo do apertado circuito de rua de Salvador, na semana que vem estarei em Spa-Francorchamps, habitualmente um circuito que proporciona corridas com tantas ultrapassagens que em apenas três vezes, nos últimos dez anos, o pole position venceu. O Mundial de F-1 vive um momento importante em que, após uma parada de quatro semanas, as equipes Red Bull e McLaren prometem uma reação para tirar Fernando Alonso da liderança. O espanhol, graças a uma temporada brilhante, saiu de uma situação de absoluta inferioridade da Ferrari no início do ano para assumir a ponta a partir da oitava etapa (Valência) e abrir uma diferença de 40 pontos nas quatro corridas seguintes. Se Alonso marcar ponto em Spa, o que é muito provável, completará 24 corridas seguidas pontuando, 12 do campeonato de 2011 e 12 do atual. Com isso estará igualando o recorde histórico de Michael Schumacher. A Ferrari está focada na luta de Alonso pelo tricampeonato e quer contar com a ajuda de Massa nas nove etapas que faltam. Isso é o que conta a favor de Felipe para renovar contrato.

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