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Basquete feminino alerta com a Nigéria

Por Agencia Estado
Atualização:

As próximas adversárias do basquete do Brasil vêm da África, mas se foi o tempo em que se podia pensar nelas como adversárias mais fracas. O nível técnico das nigerianas pode ainda não ser tão alto quanto das européias, mas as africanas já estão trilhando o caminho para os Estados Unidos, a terra desse esporte. Neste mundo globalizado, duas das nigerianas já têm experiência na WNBA e outras seis jogam no basquete universitário, segundo o técnico Antônio Carlos Barbosa. Nada a se temer tanto, mas também é preciso jogar sério. As duas Seleções enfrentam-se nesta sexta-feira em Helliniko, pela Olimpíada de Atenas, tarde da noite (16h15 de Brasília). É a chance de recuperação da derrota para a Rússia e de preparação para enfrentar adversárias bem mais fortes: as australianas, contra quem as brasileiras jogam no domingo, justamente em um horário inverso - logo depois do almoço (às 8h15 de Brasília). O Brasil jogou contra a Nigéria em Creta, em torneio amistoso pouco antes do início da Olimpíada de Atenas, ainda na fase de aclimatação. A lateral Janeth resume: "É um time forte fisicamente, que vai em todos os rebotes, mas não tem os arremessos de três pontos tão fortes. O Brasil deve jogar aproveitando a estatura das nossas pivôs, porque as nigerianas também são bem mais baixas que as russas, por exemplo." Helen, lateral/armadora, ressalta a importância de jogar bem contra a Nigéria para na seqüência pensar em ganhar da Austrália para terminar a fase de classificação em primeiro lugar no grupo. Depois da derrota para a Rússia, disse, o importante é o grupo não deixar se abater. "Na Olimpíada de Sydney/2000 também foi assim e demos a volta - justamente contra as russas - para conseguir a medalha de bronze. Temos de seguir em frente. As nigerianas não têm tanta técnica, mas contam com muito vigor físico, como vimos em Creta. Elas sabem jogar, pela experiência que têm em times nos Estados Unidos. Perderam de apenas 15 pontos da Austrália. Serão outro desafio para nos concentrarmos muito mais do que contra a Rússia. Em Olimpíada não dá para jogar cinco, dez minutos. É preciso jogar os 40." Sem café - Na quinta-feira as brasileiras tiveram a manhã livre - quem quis, foi à academia fazer musculação. O treino tático na preparação contra a Nigéria seria à noite, a partir das 20 horas, aproximando-se do horário do jogo, o último da rodada, às 22h15 de Atenas. Para o médico César Oliveira, a partida tão tarde, não interfere tanto quanto de manhã ou na hora do almoço, como será contra a Austrália. "É pior, porque ninguém toma café direito, não almoça..."

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