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Basquete? Não, a Record vai de Pica-pau

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Por Redação
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Canoagem, hipismo, ginástica rítmica, de trampolim, prova do bastão... O que essas modalidades têm em comum? O fato de que maior parte da audiência não tem a menor idéia de quem são nossos representantes em cada uma delas. Por falta de interesse, é fato, mas muito mais dos donos das câmeras do que do pessoal da poltrona. No hipismo, sobra para Galvão Bueno narrar a medalha de ouro por equipes. Sim, o Galvão "narra tudo", até campeonato de bocha, e não poderia perder essa oportunidade. "Vai, Rodrigo Pessoa, vai, falta um vertical. Bem, não sei. É vertical?", titubeia Galvão, repassando o bastão para o comentarista Heraldo Grilo, que mal balbucia algo e já cortado por Galvão, de novo, e um grito que mais parecia "gol!" Gol? Mas não tem gol de cavalo. Então o que se grita, quando se ganha ouro no hipismo? Sem contar a torcida por Un Blancs de Blanc e Singular Joter II. Não são marcas de canetas nem de champanha francesa. São cavalos, e brasileiros - pelo menos montados por brasileiros. Os narradores levam meia hora só para gritar o nome de um deles. "E aí está o campeão Rufus!", avisam, como que aliviados, na Sportv. Ufa! Esse até que é um belo nome de eqüino. Depois, a TV transmite Brasil x Porto Rico, no basquete, em clima de já ganhou. Opa! Já ganhou? Não, a diferença de quase 10 pontos cai para 3, 2, 1... Ai, meu Deus... "Vai Marquinhos, passa para Luizinho, vai para Zezinho...", torce o narrador da Band, quase evocando a entrada de um quarto sobrinho do Tio Patinhas na quadra. Por que "inhos", se os jogadores têm mais de 2 metros de altura? Bom, Brasil ganhou, com Globo, Band, ESPN e Sportv. E a Record? Ah, preferiu o Pica-pau.

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