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Basquete pega Espanha por vaga na semi

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Por Agencia Estado
Atualização:

Um jogo de times iguais. Assim a armadora Helen, de 32 anos, que já atuou no Zaragoza, casou com o espanhol Octavio Laffiola, técnico de base, e vai jogar pelo Barcelona na próxima temporada de clubes, define o confronto desta quarta-feira, pelas quartas-de-final do torneio olímpico de basquete, entre Brasil e Espanha. O jogo será às 14 horas (horário de Brasília) no Ginásio Olímpico, onde foram realizadas as competições de ginástica. Quem passar vai à semifinal contra o vencedor de Nova Zelândia e Austrália. Nos outros confrontos da fase jogam: Rússia x República Checa e Estados Unidos x Grécia. "A Espanha tem alas e armadoras rápidas, um jogo parecido com o nosso", avaliou Helen, dizendo que é hora de colocar o coração em quadra, ter coragem e confiança para ficar entre os quatro. Helen tem evitado, inclusive, entrar na internet para saber o que estão falando sobre o basquete no Brasil ou o que a imprensa que cobre os Jogos está escrevendo. "Não quero nem saber, estou focada no meu jogo. Nessa hora, temos de tentar ser um pouco surda e cega, estar pronta apenas para absorver coisas boas." Helen assegura que o grupo está unido e consciente do que tem de fazer. Apesar do aproveitamento ainda abaixo de sua média nos arremessos, a ala Janeth está bem perto de conseguir um feito histórico pela seleção brasileira. Em sua quarta participação está a 22 pontos dos 500 em Olimpíadas. O técnico Antônio Carlos Barbosa tem conversado com as jogadoras que demonstraram muita instabilidade na fase qualificatória, com exceção da primeira partida contra o Japão (128 a 62). As brasileiras ainda venceram Nigéria (82 a 63) e Grécia (87 a 75), mas perderam para Rússia (67 a 77) e Austrália (66 a 84), derrota que colocou a seleção longe de um cruzamento contra os EUA, em terceiro lugar do Grupo A. A Espanha venceu a Coréia (64 a 61), a China (75 a 67), a Nova Zelândia (91 a 57), a República Checa (80 a 71) e perdeu apenas um jogo, para os EUA (58 a 71), ficando em segundo no Grupo B. Espelho - O técnico Antônio Carlos Barbosa complementa a avaliação de Helen sobre as rivais olímpicas. "É um adversário do mesmo nível que nós. São duas equipes que têm jogo forte de fora da área. Nós temos Helen, Iziane, Janeth, Adrianinha... Elas têm Begona, Palau, Rosa Sanchez, Valdemoro.... Não vejo diferenças técnicas individuais entre as seleções." Em sendo um adversário igual tanto pode-se ganhar quanto perder. Por isso, o treinador quer um time mais regular e estável. A regularidade traduz-se em acertar mais os arremessos, diminuir os erros na defesa, deixar de levar um corte fácil por desatenção, por exemplo." A estabilidade reflete-se a ter mais padrão de jogo. "Temos alternado demais, uma hora jogando bem e outra não." Para o técnico a decisão da Olimpíada é esta quarta-feira. "Essa é a partida mais importante da fase", acentua. Se vencer, explica, a seleção segue em frente e se perder está fora da briga pelas medalhas. "Nas semifinais, pelo menos, ainda resta a oportunidade da disputar a medalha de ouro caso a equipe seja derrotada, mas agora não, perdeu está fora do pódio."

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