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Beisebol: destaque do Brasil procura clube

Por Agencia Estado
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Kleber Ojima, o melhor pitcher do Mundial de Beisebol de Havana, está desempregado. O jogador da Seleção Brasileira, que surpreendeu e quase derrotou os cubanos, aguarda uma boa proposta para jogar no Exterior. Mas até agora ela não apareceu. "Fomos bem no Mundial e no Pré-Olímpico. Por isso tenho esperança que ainda vou conseguir um clube para jogar", diz. Enquanto não decide seu futuro, Kleber está treinando sozinho no CT Espaço Beisebol, perto do aeroporto de Congonhas, onde ele já foi instrutor de crianças. No próximo final de semana, Kleber estará treinando com o time de Mogi, do técnico Mitiaki Yamamoto, onde jogou dez anos, para a disputa da Taça Brasil, dias 29 e 30, no estádio do Bom Retiro. A final será dia 14 de dezembro, no mesmo local. "Vou disputar a Taça Brasil porque esta é a competição mais importante que temos. E as equipes podem se reforçar com jogadores que atuam fora. É uma boa oportunidade para não perder o ritmo", diz o jogador, escolhido pela Federação Internacional de Beisebol como o melhor arremessador destro do Mundial de Cuba. A Taça Brasil será uma boa oportunidade para conhecer a técnica de pitchers como Ojima e Cláudio Yamada que impressionaram os adversários no Mundial e Pré-Olímpico. Kleber Ojima, 26 anos, é fisioterapeuta formado, com curso de pós-gradução na Universidade de Mogi das Cruzes mas nunca exerceu a profissão. Depois de passar um mês no Mitsubishi Hiroshima, no Japão, ele decidiu que pretende jogar beisebol profissional durante mais alguns anos. A Mitsubishi dissolveu a equipe e Kleber procura outro time. "O Japão é a primeira opção porque é onde tenho mais contatos. Mas seria ótimo também atuar em uma equipe dos Estados Unidos". O beisebol italiano, ainda em desenvolvimento, seria uma alternativa. Kleber chegou a ser sondado mas a proposta não se concretizou. A temporada de beisebol da Itália, assim como dos EUA e Japão, começa em março. Luz - O jogador elogiou as propostas dos dirigentes da Federação Paulista e Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol para desenvolver o esporte no Brasil, a partir do bom desempenho no Mundial, buscando patrocínio para promover mais torneios internacionais e levar a Seleção para jogos no Exterior. Segundo Ojima, a campanha de Olívio Sawasato, presidente da Federação Paulista, para garantir a iluminação de um campo de beisebol no Brasil é fundamental. "Em primeiro lugar, isso proporcionará a possibilidade de termos mais partidas durante a semana e não apenas aos sábados e domingos. Além disso, os atletas brasileiros precisam se acostumar com o jogo noturno". Segundo Ojima, durante o Mundial e Pré-Olímpico, os jogadores brasileiros tiveram dificuldades em alguns jogos noturnos: "Nós não estamos acostumados. Nas bolas altas, a luz dos refletores atrapalha. Mas quem joga sempre à noite leva vantagem".

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