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Benítez não se esquece de jogo contra o São Paulo em 2005

Derrotado na final do Mundial há sete anos, quando dirigia o Liverpool, espanhol não quer ver o filme se repetir

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Foto do author Raphael Ramos
Foto do author Vitor Marques
Por Raphael Ramos e Vitor Marques
Atualização:

YOKOHAMA - Já se passaram sete anos, mas a derrota por 1 a 0 do Liverpool para o São Paulo, na decisão do Mundial de 2005, ainda não saiu da cabeça do técnico Rafael Benítez. Agora no comando de outro time inglês, o Chelsea, ele se depara mais um vez com uma equipe do Brasil na final do torneio e espera que os erros cometidos há sete anos não se repitam no domingo, diante do Corinthians. Naquela oportunidade, o Liverpool foi muito superior ao São Paulo e criou várias excelentes chances de gol, mas parou em sua falta de pontaria e em uma atuação espetacular do goleiro Rogério Ceni. "O ensinamento que ficou daquela partida é que temos de aproveitar as oportunidades", comentou o espanhol. "Contra o Monterrey foi assim. Tivemos as chances e matamos a partida no começo do segundo tempo."O treinador sabe que o Corinthians não vai dar a seu time tanto espaço quanto o Monterrey deu ontem. Por isso, ele considera que a margem de erro do Chelsea será bem menor. "É uma final e em uma decisão tudo pode acontecer. O Corinthians é uma equipe compacta, esforçada e que joga bem. Será uma tarefa difícil, mas vamos nos preparar bem e estaremos prontos para enfrentar os brasileiros."Benítez está tão preocupado em fazer o Chelsea disputar um Mundial impecável que até se queixou do gol marcado pelo Monterrey nos acréscimos da partida, quando a vitória já estava absolutamente garantida. "Eu não estou feliz com o gol que sofremos porque essas pequenas coisas podem fazer a diferença em uma final."Depois de um início complicado no Chelsea, com três jogos sem vencer, Benítez emplacou ontem a terceira vitória seguida. Ele acredita que as coisas, enfim, começaram a entrar nos trilhos - mas não quer saber de empolgação de jeito nenhum. "Agora nós sabemos o que queremos fazer, os jogadores estão com mais confiança. Porém, a confiança, quando se chega a uma final, não pode ser excessiva."Brasileiros. Após ouvir o grito "Doutor, eu não me engano, David Luiz é corintiano" de um grupo de torcedores do Corinthians que assistiu à partida de ontem em Yokohama, o zagueiro do Chelsea admitiu que torcia para o Alvinegro na infância, mas garantiu que isso não vai interferir em seu rendimento no domingo."Nasci em Diadema e sempre deixei claro que torcia para o Corinthians. Mas hoje sou profissional e defendo as cores do Chelsea. Faço de tudo e dou a minha vida pelo Chelsea e agora não vai ser diferente."O meia Oscar, por sua vez, elogiou a disciplina tática do Corinthians e previu um jogo muito equilibrado no domingo. "É um time que joga muito bem taticamente. Sabemos que eles não fizeram um bom jogo contra o Al Ahly, mas não existe favoritismo para nenhum lado. São duas grandes equipes."

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