Depois da maratona da Liga Mundial (a competição começou em 16 de maio e terminou em 13 de julho), da festa pelo título em Madri, vôo de volta ao Brasil, coletiva de imprensa no aeroporto em São Paulo e carreata pelas principais ruas da capital paulista, os jogadores da seleção brasileira de vôlei terão uma semana de folga antes da reapresentação, terça-feira, no Rio. Mas no grupo do técnico Bernardinho folga não é sinônimo de descanso. O treinador passou lição de casa para todos os atletas: uma hora diária de musculação. "Estamos em fase descendente na parte física e essa é minha maior preocupação para o próximo torneio. Por isso, pedi a eles que lembrem, ao menos uma hora por dia, que vamos sofrer muito ainda", disse Bernardinho, que quer ter força máxima nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, em agosto. O Pan, que não terá a Argentina (por problemas políticos entre a Federação Argentina e a Federação Internacional de Vôlei) não é a principal da temporada. Em novembro, o Brasil disputará a Copa dos Campeões, no Japão, que classifica os três primeiros para a Olimpíada de Atenas, em 2004. Se não garantir a vaga, os brasileiros terão de disputar um Pré-Olímpico no ano que vem. Bernardinho aponta Estados Unidos, Cuba e Canadá como principais rivais no Pan. "Teoricamente, somos favoritos, mas é preciso ganhar os jogos. Após o título da Liga, a responsabilidade é maior ainda. Se perdemos, será um desastre. A diferença entre o céu e o inferno na Liga Mundial foi de 2 pontos. Sérvia e Montenegro poderia ter vencido", lembrou o treinador. Bernardinho fará cortes no meio-de-rede. Gustavo, o melhor brasileiro na posição, volta ao grupo após se recuperar de contusão e terá a situação avaliada. Rodrigão, André Heller e Henrique, que estiveram nas finais da Liga Mundial, disputarão vaga com Renato Felizardo, que está sendo trabalhado pela comissão técnica para chegar ao nível de Gustavo.