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Bernardinho quer alegria contra os EUA

Por Agencia Estado
Atualização:

Pela frente, nesta segunda-feira, serão os Estados Unidos ( é o último jogo da fase de classificação) do técnico Doug Beal, que Bernardo Rezende conhece muito bem, desde a Olimpíada de Los Angeles/84, quando ainda era levantador reserva da equipe brasileira. Acabou ficando com a medalha de prata, que deu nome a toda uma geração do vôlei. Mas nem por isso Bernardinho pensa na partida desta segunda-feira (15h30 de Brasília), em Faliro, como algo especial. O técnico brasileiro segue preocupado em manter seu grupo na intensidade que apresentou contra a Rússia no sábado, com a mesma alegria e vontade, nesta Olimpíada de Atenas. "Os Estados Unidos talvez tenham a melhor estratégia de todos os times daqui, ao lado da Itália. E vão querer fugir do quarto lugar do grupo para escapar de enfrentar o primeiro do outro. Além disso, têm o Stanley, que é o desafogo deles, o desafogo do levantador Lloy Ball", lembra o treinador, para quem seu grupo todo é importante, não apenas os titulares, e deve estar preparado para resolver situações táticas que surgem a cada momento da partida. Doug Beal, responsável pela geração de ouro dos Estados Unidos em meados da década de 80, desde então é um admirador do vôlei brasileiro. Bernardinho contou que ouviu dele: "É muito bonita essa sua viagem de quatro anos." O técnico brasileiro comentou então: "Sim, mas se voltarmos sem medalha não terá adiantado nada." Doug: "É bom ter essa pressão. Pior é nos Estados Unidos, onde o vôlei não sofre pressão nenhuma..." Bem por isso Bernardinho quer seus jogadores concentrados, fora do festivo "já-ganhou". O líbero Escadinha, que jogou uma barbaridade no sábado contra a Rússia, recebeu o elogio "brecado" do treinador: "Fez uma de suas melhores partidas, sim. Mas pode fazer ainda mais." A partida contra os russos, para Bernardinho, mostrou "o que nós podemos fazer", nada além disso. "O jogo não significa nada." Escadinha considerou seu jogo contra a Rússia o melhor da Olimpíada de Atenas até agora. A posição de líbero, diz, não é valorizada, porque se dá importância a quem faz ponto. "Mas para mim não tem problema. Minha parte eu estou fazendo e é isso o que importa. Tenho orgulho de ser o primeiro líbero estrangeiro contratado para o Campeonato Italiano (pelo Piacenza)." Pegada - O levantador Ricardinho, para quem é preciso manter a mesma consciência e concentração contra os Estados Unidos, alcançadas pela equipe brasileira em partidas anteriores, aproveitou para dizer: "Disputar uma Olimpíada é sensacional. Pensar que estou aqui, depois da época em que jogava na frente de casa, no asfalto, me faz sentir muito feliz. Estou treinando muito feliz." Essa é uma característica do brasileiro, segundo o preocupado Bernardinho: "Só sabemos jogar com intensidade, alegria, vontade. Mas a Argentina também está jogando assim..."

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