Bernardinho questiona Copa América

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Por Agencia Estado
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Nem sempre a atual hegemonia mundial da seleção brasileira masculina de vôlei traz bons frutos para a equipe. A Copa América, que começa na quarta-feira e termina no domingo, em São Leopoldo (RS), é um bom exemplo e até o técnico do Brasil, Bernardo Rezende, o Bernardinho, se questionou sobre as benesses da disputa - a ser iniciada com o clássico entre brasileiros e argentinos. "Estou preocupado porque acho que não vamos chegar tão bem. E há até uma certa dúvida sobre qual o valor da Copa América", disse Bernardinho, recordando que o time se desgastou durante a conquista da Liga Mundial, em Belgrado, no início de julho, eleita como prioridade. Em seguida, o treinador recordou que os outros times estarão motivados porque usarão a competição gaúcha como preparatório para a disputa, em Cuba, do Pré-Mundial do Japão de 2006. Atual campeão do mundo, o Brasil já tem vaga assegurada para o torneio japonês. "Se ganharmos a Copa América, tudo bem. Se não chegarmos ao título, teremos mais a perder e seremos cobrados", argumentou Bernardinho. Os seis países participantes da Copa América foram divididos em dois grupos. No Grupo A estão Brasil, Argentina e Venezuela e o B foi formado por Estados Unidos, Cuba e Canadá. Na primeira fase, todos se enfrentam em suas chaves e os dois primeiros colocados de cada grupo avançam à semifinal, com o melhor do A enfrentando o segundo do B e vice-versa. Os dois vencedores decidem a disputa. Até por estar preocupado com o desempenho do Brasil, Bernardinho frisou que a Copa América será equilibrada. O treinador argumentou que Estados Unidos sempre é um forte adversário. Quanto aos cubanos, lembrou que estarão empolgados pela campanha feita na Liga Mundial - terminaram em 3º. Já a Venezuela dependerá da "motivação e astral". E ainda não esqueceu de argentinos e canadenses. "Não atuamos contra eles há muito tempo, mas têm bons times". Assédio - O capitão do Brasil, o levantador Ricardinho, se mostrou reticente quanto ao assédio que o time irá sofrer por atuar no País. Contou ter alertado os companheiros sobre a necessidade de o time não perder a concentração. "Precisamos ter a consciência da importância da Copa América, por ser no Brasil. A minha preocupação é que, justamente por atuarmos em casa, teremos mais facilidades, como a presença da família, dos torcedores, muito movimento no hotel...", enumerou Ricardinho. "A torcida é importante para nos incentivar e a queremos, mas o grupo precisa ter responsabilidade e não se perder".

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