Publicidade

''Bilheteria é para os salários de todos, não só do Ronaldo''

Andrés Sanchez: presidente do Corinthians; dirigente descarta participação do astro nos valores de ingressos e diz que clube aprendeu a tratar torcedor como cliente

PUBLICIDADE

Por Anelso Paixão
Atualização:

Ao contrário do que o diretor de marketing Luis Paulo Rosemberg havia anunciado na véspera, o presidente corintiano Andrés Sanchez afirmou ontem, em entrevista ao Estado, que o atacante Ronaldo não terá participação na bilheteria dos jogos do Corinthians. "O dinheiro que arrecadarmos com bilheteria será utilizado para pagar não só o salário do Ronaldo, mas de todos os atletas do time". O dirigente afirmou ainda que o Corinthians tem acompanhado a rotina de Ronaldo em relação ao cumprimento de sua programação de treinos (o grupo volta dia 26). No site oficial, o Corinthians nega hoje que o Ronaldo vá ter participação no valor que o clube arrecadar com os ingressos de numerada, como foi divulgado ontem (pelo diretor de marketing Luis Paulo Rosemberg). Isso chegou a ser pensado? Isso é um absurdo. O dinheiro que arrecadarmos com bilheteria será usado para pagar não só o salário do Ronaldo, mas de todos os atletas do time. A estratégia adotada pelo departamento de marketing estaria colocando em prática aquilo que sempre se falou, que clubes como Corinthians e Flamengo poderiam pagar seus times apenas com a receita da torcida? Nós estamos tratando nosso torcedor como cliente, que merece nosso respeito e que pode sim nos trazer muitos recursos. O que mudou também é que hoje o corintiano sabe que podem haver erros, mas não há sacanagem no clube. O clube tem acompanhado o Ronaldo antes da apresentação do grupo para os treinos? Falamos com ele sempre. O Ronaldo está de férias, assim como os demais atletas. O compromisso dele com o Corinthians é a partir do dia 26, data da reapresentação. O clube tem mais jogadores em vista para reforçar o elenco? Isto está nas mãos do Mário Gobbi (diretor de futebol) e do Antônio Carlos (diretor técnico). O presidente poderia se envolver em algum caso, como no do atacante Kléber ou do meia William? São dois jogadores que adoraríamos ter aqui, mas não existe nenhuma possibilidade. Os clubes de ambos (Shakhtar Donetsk e Dínamo Kiev, respectivamente) não aceitam nenhum tipo de negociação que não seja a venda. Portanto, impossível. E o caso Herrera, encerrado? Fizemos uma proposta para adquirir parte do passe, mas aí emperrou na questão dos 15% aos quais o atleta tem direito. Fizemos, então, uma proposta de reeempréstimo ao time argentino (Gimnasia) e estamos aguardando resposta.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.