PUBLICIDADE

Publicidade

Boxe: Don King planeja canal 24 horas

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de promover a maior luta de pesos pesados da história no Zaire, em 1974, com Muhammad Ali e George Foreman, reunir mais de 130 mil pessoas no Estádio Azteca, na Cidade do México, em 1994, para assistirem a um combate de Julio César Chavez e pagar US$ 120 milhões em 15 meses para Mike Tyson realizar cinco lutas entre 1995 e 1996, o megaempresário Don King prepara mais uma revolução no mundo do boxe. Aos 72 anos, King anunciou que pretende lançar "em breve" um "Canal de Boxe" 24 horas nos Estados Unidos. A idéia é utilizar o arquivo de 30 anos de lutas de King, além dos combates atuais, reforçados por entrevistas e perfis. King tem em suas mãos os maiores nomes do boxe atual, incluindo dois dos três principais campeões da categoria dos pesos pesados: John Ruiz (Associação Mundial) e Cris Byrd (Federação Internacional). A nova empreitada de King promete agitar os principais canais de televisão norte-americanos, como HBO e Showtime, que transmitem muitas de suas noitadas. King, que chega a faturar US$ 300 milhões em uma programação, pretende aumentar seu faturamento. Com o seu canal, o empresário dos cabelos grisalhos e eriçados terá de gastar com a infra-estrutura, mas alcançará um superávit maior do que se negociasse diretamente com o pay-per-view. O recorde de vendas neste sistema pertence a Tyson x Holyfield II, a Luta da Mordida, organizada por King, quando 1,9 milhão de assinaturas foram negociadas, proporcionando US$ 100 milhões aos cofres da Showtime. King quer agora ficar também com este filão. Semana passada King e HBO trocaram farpas por causa das vendas obtidas para o combate do dia 2 entre Felix Trinidad e Ricardo Mayorga. O canal HBO considerou pequena a venda de 420 mil pontos no pay-per-view. King respondeu: "Eles deram seis meses para Bob Arum (empresário e rival de King) promover De La Hoya x Hopkins. E seis dias para eu organizar Trinidad x Mayorga." A vitória de Hopkins vendeu 1 milhão de assinaturas, enquanto o triunfo de Trinidad negociou 420 mil. Parece que o divórcio entre o maior empresário do boxe e as grandes TVs está próximo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.