Brandonn Almeida é campeão júnior e acaba com jejum de 9 anos

Brasileiro travou disputa emocionante contra Taylor Abbott

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Por Redação
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Em uma semana na qual o atletismo e o judô não deram muitos motivos de comemoração para o esporte olímpico brasileiro, a natação salvou. Neste domingo, no último dia do Mundial Júnior, Brandonn Almeida conquistou a medalha de ouro nos 1.500 metros livre, chegando ao pódio pela primeira vez na competição realizada em Cingapura. Um dia antes, fora prata nos 400m medley, numa prova que dominou até a última virada de piscina. O ouro é o primeiro conquistado pelo Brasil em Mundiais da categoria em nove anos. A primeira e última vitória havia sido de Leonardo Guedes, nos 50m costas, em 2006, no Rio de Janeiro. Assim, Brandonn se tornou o primeiro brasileiro campeão mundial júnior em uma prova olímpica. O garoto de 18 anos do Corinthians, já recordista brasileiro, travou disputa emocionante contra o norte-americano Taylor Abbott, que nadou à frente o tempo todo. O gás que faltou para Brandonn nos 400m medley, entretanto, sobrou nos 1.500m. Ele cresceu nos últimos 50 metros e ganhou com o tempo de 15min15s88, contra 15min16s35 do rival. Foi quatro segundos mais lento do que o tempo que lhe deu o ouro também nos Jogos Pan-Americanos de Toronto.

Brandonn Almeida, no centro, foi ouro nos 1.500m no mundial júnior de natação Foto: Divulgação/CBDA

Neste domingo, o Brasil ainda conquistou outra medalha, nos 100m livre, de bronze. Pedro Spajari, do Pinheiros, que havia batido o recorde do campeonato no sábado, na semifinal, com 48s87, nadando abaixo do índice olímpico, não repetiu o resultado na final. Foi quarto, com 49s56. A medalha de bronze foi conquistada por Felipe Ribeiro, da Unisanta, que tem 17 anos e é um ano mais novo que Spajari. O garoto, que é mais rápido do que era o colega Matheus Santana na mesma idade, subiu ao pódio com o tempo de 49s30, mas ficou a 0s15 da sua melhor marca na carreira. Kyle Chalmers, da Austrália, ganhou com impressionantes 48s47 e roubou o recorde de Spajari. O Brasil encerrou sua campanha em Cingapura com quatro medalhas - Vinícius Lanza havia faturado a prata nos 100m borboleta. Assim, teve sua melhor campanha desde o Mundial de 2006, no Rio, quando foi ao pódio cinco vezes. Naquela ocasião, sete brasileiros ganharam medalha (duas conquistas foram no revezamento), mas só João de Lucca tem uma carreira consistente entre os adultos. Desde então, o Brasil só havia conquistado mais três medalhas em Mundiais da categoria, que são realizados a cada dois anos: prata para Etiene Medeiros nos 50m borboleta em 2008 e Pedro Vieria nos 100m borboleta em 2013, além de bronze para Arthur Mendes Filho nos 100m borboleta em 2011.

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