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Brasil apresenta delegação paraolímpica

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) anunciou nesta quarta-feira os 97 atletas das 13 modalidades que irão à Paraolimpíada de Atenas, em setembro. Para Sydney/2000, tinham ido 64 atletas de nove modalidades. "O aumento é resultado da oportunidade que o Comitê teve de planejar ações desde 2001, como equipes permanentes e bolsas de incentivo a atletas, guias e técnicos, graças à Lei Agnelo/Piva, que repassa verbas das loterias da Caixa Econômica Federal", disse Vital Severino Neto, presidente do CPB. Nos Jogos Paraolímpicos do Brasil, que terminaram na terça-feira, três recordes mundiais foram quebrados. O nadador Clodoaldo Silva, 25 anos, estabeleceu novas marcas nos 50 m (36s24 contra 36s58) e nos 100 m (1m22s05 contra 1m22s53). Mesmo assim, Clodoaldo, que compete na classe S-4, prefere não gerar expectativa para Atenas: "O que posso prometer é muita dedicação e esforço. As medalhas serão conseqüência de um bom resultado. Quero baixar os meus recordes." O nadador teve uma paralisia cerebral, por falta de oxigenação durante o parto. A deficiência dificulta a coordenação motora dos membros inferiores. Atenas será a segunda Paraolimpíada de Clodoaldo, que na Austrália somou quatro medalhas: três de prata (100 m livre, revezamento 4x50 m livre e 4x50 m medley) e bronze (50 m livre). Roseane Santos, a Rosinha, de 32 anos, do arremesso do peso e do lançamento do disco, na classe F-58 (amputada), melhorou sua marca mundial no disco, também na Paraolímpiada do Brasil: 32,27 m contra 31,58 m. Ela também é recordista mundial no peso. Em Sydney, Rosinha venceu as duas provas. "Vou treinar muito para conseguir repetir as duas medalhas de ouro. Estou muito feliz pelo que fiz nos Jogos Paraolímpicos, no Ibirapuera", falou. Rosinha ainda decidirá se competirá em uma terceira prova - o lançamento de dardo. "Não gosto muito do dardo. Mas sei que tenho chances de medalha." É no dardo que Rosinha sente uma dor "insuportável" no ombro direito. Há cerca de 15 dias, conta, nasceu um caroço na axila de seu braço direito - o que ela usa para o lançamento. "Já tive esse caroço uma vez e o médico disse que era um pêlo encravado - nada sério. Nasceu outro no mesmo lugar. Mas é menor." A atleta já fez exames médicos e na quarta-feira terá o resultado. "Ela não reclama de dor, mas estou preocupada com o braço dela", diz técnica Isabel Thimóteo. "Não estou com medo do resultado. Vou continuar treinando forte e vou competir em Atenas, mesmo se o problema for mais grave", garante Rosinha. A corredora e deficiente visual Ádria Santos, 25 anos, vai para sua quinta Paraolimpíada. Das quatro que participou trouxe nove medalhas (seis de prata e três de ouro). Em Sydney venceu os 100 m e 200 m e em Atenas competirá também nos 400 m, que venceu nos Jogos Paraolímpicos do Brasil. "Estou voltando de contusão na panturrilha e mesmo sem treinar muito fiz bom tempo nos 400 m (59s26). Espero trazer medalhas nas três porvas."

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