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Brasil busca semi no futebol feminino

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Por Agencia Estado
Atualização:

O paraíso de Heraklion, na Ilha de Creta, será palco da primeira decisão da seleção brasileira de futebol feminino na Olimpíada. A equipe enfrenta o México, nesta sexta-feira, às 15 horas (de Brasília), em busca de uma vaga na semifinal da competição, com todo o favoritismo nas costas e cheia de entusiasmo depois da goleada por 7 a 0 sobre a Grécia, na quarta-feira. Embora o técnico René Simões procure tirar a pressão de cima de suas jogadoras, o Brasil é bem superior às mexicanas e só perderá se estiver num dia extremamente infeliz. "Aposto na vitória", comentou a atacante Pretinha. Em caso de empate na partida, haverá prorrogação de 30 minutos, divididos em duas etapas de 15. Se a igualdade persistir, o semifinalista será conhecido por meio de cobranças de pênalti. A Fifa extinguiu a morte súbita. Portanto, mesmo que alguma equipe faça gol no tempo extra, o jogo prosseguirá até os 15 da fase final. O vencedor terá difícil rival pela frente na semifinal. Provavelmente a Suécia, que duela com a Austrália. As suecas são as atuais vice-campeãs do mundo. Viajaram para a Grécia, no entanto, com alguns desfalques e, por isso, apesar de fortes, não são tão candidatas ao ouro como, por exemplo, os Estados Unidos e a Alemanha. As brasileiras vêm fazendo verdadeiro tour pelo país europeu. Fizeram alguns treinos em Atenas na fase de preparação, depois jogaram em Tessalônica e em Patras e, agora, atuam pela primeira vez em Creta, a mais famosa ilha grega, com belíssimas paisagens, areia branca, água límpida e solo fértil. As meninas vão se misturar com os turistas. O Estádio Pankritio também agrada, é moderno e confortável e tem capacidade para pouco menos de 25 mil espectadores. A decepção deverá ficar por conta do público, que dificilmente comparecerá em grande número. O futebol feminino não vem entusiasmado na Olimpíada. Se avançar no torneio, o Brasil disputará a semifinal em Patras. A final está marcada para Atenas. "Precisamos respeitar o México, porque não chegou até aqui por acaso", afirmou o cauteloso René Simões. "O time tem boa condição técnica." As mexicanas fizeram campanha pífia na primeira fase e só conseguiram a classificação porque foram menos ruins que a China. Na estréia, empataram com as chinesas por 1 a 1, pelo Grupo F. Na segunda rodada, perderam para a Alemanha por 2 a 0. Só que a China levou de 8 das alemãs. Como duas das três equipes desta chave seguem na competição, o time da América do Norte passou pelo melhor saldo de gols. Retrospecto - O México é freguês do Brasil. Em dois confrontos, duas goleadas: 11 a 0, em 1998, e 7 a 1, em 99. Na noite desta quainta-feira, com muito calor, o elenco fez o reconhecimento do gramado. No caminho ao estádio, muito samba no ônibus da delegação. Os instrumentos, por sinal, só se separam das atletas na hora dos jogos. "A união do nosso grupo vem sendo fundamental", obeservou a goleira Andreia, que sofreu apenas dois gols em três jogos - ambos marcados pelos Estados Unidos. Simões promoverá o retorno da zagueira Mônica no lugar de Aline. No restante, não fará nenhuma alteração em relação à formação que goleou a Grécia. O ataque, que funcionou bem no último jogo diante das anfitriãs, seguirá com três jogadoras: Pretinha, Marta e Cristiane. A equipe do Brasil vai jogar com Andreia; Tânia Maranhão, Juliana Cabral, Mônica e Daniela; Rosana, Elaine e Formiga; Pretinha, Marta e Cristiane.

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