Brasil, de virada, vai buscar o tri

Seleção consegue se recuperar depois de estar perdendo por 2 a 0 e vence com gols de Luís Fabiano (2) e Lúcio

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Por Silvio Barsetti , Luiz Antônio Prosperi e JOHANNESBURGO
Atualização:

Brasil conquistou pela terceira vez o título da Copa das Confederações com um futebol objetivo, como defende o técnico Dunga, o primeiro a abraçar o zagueiro e capitão Lúcio, autor do gol da virada, o gol do título, na vitória sobre os Estados Unidos por 3 a 2, ontem, em Johannesburgo. Luís Fabiano fez os outros dois gols e se tornou o artilheiro da Copa, como prometera, com média de um gol por partida. Repercussão da conquista do Brasil A zebra passeou na terra dos leões nos 45 minutos iniciais da decisão. Os Estados Unidos, ainda sob o impacto de terem eliminado a Espanha na semifinal, eram velozes nos contra-ataques e surpreenderam o Brasil, até então apático, sem iniciativa e dependente de Kaká. Era o meia recém-contratado pelo Real Madrid que tentava criar alguma coisa. Kaká está a todo instante nos comerciais de TV e em painéis publicitários espalhados pela África do Sul. Seu nome estava na camisa 10 da maior parte da torcida brasileira presente ao Ellis Park Stadium. Enfim, Kaká era a esperança do vira-vira. Ele incentivou o time nas duas vezes em que Julio Cesar se viu em desespero. Na primeira, Dempsey recebeu lançamento livre de Spector e só escorou. Na outra, Donovan driblou Ramires e chutou forte. O placar de 2 a 0 para os EUA esfriou mais ainda o público - a temperatura chegou a 5 graus durante o jogo e os sul-africanos, em peso, apoiavam o Brasil. Quem esperava por Kaká, viu Luís Fabiano, o Fabuloso, dominar bem a bola e chutar de esquerda logo no minuto inicial pós-intervalo. O gol mudou o jogo. A equipe impôs sua melhor qualidade técnica e não deixou espaços para o time americano. O árbitro sueco Martin Hansson deve ter chegado ao vestiário do Ellis Park aliviado com a vitória do Brasil. Se o título ficasse em outras mãos, ele teria de explicar para o resto da vida que não viu a bola cabeceada por Kaká entrar antes de ser rebatida pelo goleiro Howard. Eram 15 minutos do segundo tempo e Kaká reacendia a chama do título. Com luvas pretas e vibração, ele arrancou pouco depois pela esquerda, passou pelo marcador e cruzou para Robinho chutar na trave. Houve mais uma vez rebote e, de cabeça, Luís Fabiano não deixou dúvidas para a arbitragem. Kaká e Luís Fabiano se candidatavam a donos do jogo. Mas queriam dividir os louros. E então convocaram Lúcio para, também de cabeça, finalizar escanteio cobrado por Elano. Mesmo sem um futebol brilhante, o Brasil carimbava ali mais um troféu. Agora, só pela Copa das Confederações, são três voltas olímpicas - com as de 1997 e 2005. CHAVES DO JOGO 1. JOGADAS PELAS PONTAS Brasil insistiu muito pelo meio no primeiro tempo. A virada veio com jogadas pelos lados do campo, principalmente com Kaká 2. FARO DE GOL Luís Fabiano esteve sempre no lugar certo. Fez o primeiro gol em jogada individual e marcou o segundo num rebote de finalização de Robinho no travessão 3. SEGUNDO TEMPO Seleção brasileira terminou o primeiro tempo perdendo por 2 a 0. Marcou gol no início da segunda etapa e incendiou o jogo

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