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Brasil faz 46 x 13 nas dominicanas e vai à final do handebol

Por Camila Moreira
Atualização:

O Brasil atropelou a República Dominicana e avançou para a final dos Jogos Pan-Americanos com a maior goleada até agora na competição feminina de handebol -- 46 x 13. O único outro jogo no torneio de handebol que teve uma diferença maior foi entre os homens, em que a Argentina goleou o México por 40 x 16. A fragilidade das dominicanas ficou evidente diante da seleção brasileira, que busca o tricampeonato em Pans e mal deixou as adversárias jogarem. "Esperávamos que fosse um jogo mais forte por ser a semifinal, e elas entraram diferente do que a gente esperava," admitiu Deonise Fachinelli. O primeiro gol da República Dominicana saiu somente aos seis minutos de jogo, quando o Brasil já tinha feito cinco. Os vários erros de passe e a falta de habilidade das dominicanas facilitaram os contra-ataques das brasileiras, que fecharam o primeiro tempo em 24 x 6. Os poucos arremessos que as dominicanas tentavam acabavam defendidos pela goleira Darly de Paula, enquanto que a goleira dominicana Suleidy Suarez conseguiu defender enquanto permaneceu em quadra apenas quatro dos 42 arremessos do Brasil. Com tanta facilidade, o técnico do Brasil, Juan Francisco Oliver, aproveitou para colocar quase todas as jogadoras em quadra. "Eu não esperava um placar tão elástico, mas desde o primeiro minuto botamos para correr e quando fomos para o intervalo o técnico falou para não deixarmos cair," disse Viviane. O Brasil aguarda agora o jogo entre Cuba e Argentina para saber quem será seu adversário na disputa pela medalha de ouro, no sábado. O Brasil derrotou as cubanas por 32 x 28 no último jogo da fase preliminar, mas as jogadoras saíram da quadra reclamando de seus erros na defesa. Apesar de as dominicanas não terem sido exatamente um desafio, elas acreditam que foi possível comprovar que os erros foram corrigidos. "Dá para ver que nosso jogo melhorou bastante na defesa, contra Cuba não teve cobertura nenhuma e defendemos muito mal," disse Viviane, contando que as cubanas deram início, antes mesmo daquela partida, à pressão contra as brasileiras. "A gente estava na arquibancada vendo um outro jogo quando um atleta de Cuba veio dizer que elas mandaram avisar que iam ganhar da gente." O técnico Oliver preferiu adotar a cautela e esperar pela definição do adversário. Para ele, o importante não é quem está do outro lado, mas sim sua própria equipe. "Vimos o vídeo do nosso jogo, nosso ponto forte é a defesa e o contra-ataque, e vimos onde não fomos bem. Revimos o jogo entre Brasil e Cuba pensando em nós, tentando ver o que aconteceu." Dani Piedade concorda: "Todo mundo está falando que vamos ser campeãs, mas entre nós sempre foi adversário por adversário, a gente tem que pensar devagarinho."

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