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Brasil fecha Mundial de Atletismo Paralímpico com inédita segunda colocação

País superou participação em Lyon-2013 e fechou competição nos Emirados Árabes com 39 medalhas, atrás somente da China

Por João Prata e enviado a Dubai
Atualização:

O Brasil fechou o Mundial de Atletismo Paralímpico de Dubai com a inédita segunda colocação no quadro de medalhas. Com dois bronzes conquistados nesta sexta-feira, o País deixa os Emirados Árabes com 39 pódios no total, sendo 14 ouros, 9 pratas e 16 bronzes. Ficou atrás somente da China, que sobrou com 55 medalhas (24 ouros, 21 pratas e 10 bronzes) e finalizou à frente de potências como Reino Unido, Estados Unidos e Rússia.

"Estamos extremamente contentes com o resultado obtido. A performance dos nossos atletas foi fenomenal, o desempenho dos técnicos também tem de ser destacado. Treinamos muito para estar aqui, só temos que agradecer o empenho deles e agora começa a expectativa para Tóquio-2020", comemorou Jonas Freire, diretor técnico adjunto do Comitê Paralímpico Brasileiro.

Washington Jr, Petrúcio Ferreira e Yohansson Nascimento comemoram pódio no Campeonato Mundial de Atletismo em Dubai Foto: Daniel Zappe/Exemplus/CPB

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O vice supera a campanha em Lyon-2013, quando a delegação brasileira terminou em terceiro lugar. Na edição francesa, no entanto, o Brasil faturou um pódio a mais. Em Londres-2017, a mais recente edição, o País ficou em nono, com 21 medalhas. O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Mizael Conrado, destacou a evolução das marcas nacionais. Segundo seus cálculos somente cinco brasileiros que subiram no pódio em Lyon ganhariam medalhas nesta mais recente edição.

"Nossa expectativa para Tóquio é bastante positiva. Se pegar o penúltimo mundial, Doha-2015, que antecedeu o Rio-2016, o Brasil conquistou oito medalhas no atletismo e repetiu o mesmo número em Londres. Se repetir 14 ouros vai ser muito importante para nossa campanha", afirmou o mandatário do CPB.

Em Dubai, os 14 campeões nacionais garantiram vaga para os Jogos de Tóquio. E outros cinco atletas obtiveram o índice para a próxima edição das Paralimpíadas - estes só não estão confirmados porque há ainda a possibilidade de outros competidores superarem seus tempos. 

Os números da delegação brasileira nos Emirados Árabes superaram as expectativas da comissão técnica. No total, foram quatro recordes mundiais batidos. Destaque para os 10,42 segundos de Petrúcio Ferreira nos 100 metros T-47, resultado que fez do paraibano o atleta paralímpico mais rápido do mundo entre todas as classes. Alessandro Rodrigo e Beth Gomes também fizeram a melhor marca do planeta no lançamento de disco e Cícero Lins foi o recordista no lançamento de dardo.

Os brasileiros estiveram em 45 finais na atual edição do Mundial e em 87% delas terminaram com medalhas. Foram 10 recordes continentais e 9 recordes do campeonato obtidos por atletas do País. A próxima edição do evento está marcada para 2021 na cidade de Kobe, no Japão.

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TRÊS PERGUNTAS PARA...

Jonas Freire, diretor técnico adjunto do CPB

Qual foi o diferencial para a campanha histórica? Tem um trabalho mais próximo com a capacitação dos treinadores, aproximação com os clubes. O trabalho forte com a base, investimento do governo federal nos atletas de ponta, é fundamental para que possam se dedicar exclusivamente ao treinamento. Sem dúvida nenhuma também dedicação dos atletas que originou esse resultado.

Quais as surpresas e decepções entre os países concorrentes? Difícil falar. Não sabemos como está cada país, se estão em um processo de renovação ou de consolidação. Os grandes países vieram muito fortes, foi uma ótima competição, de excelente nível técnico. 

A Rússia voltou a competir após três anos de suspensão e tinha delegação recorde com 75 atletas. O sexto lugar deles foi uma surpresa? Não disse, não sabemos se tem ou não tem transição. Vieram muito fortes, conseguiram muitos recordes e muitas conquistas.

RANKING FINAL DE MEDALHAS DO MUNDIAL:

1º CHINA - 25 ouros, 23 pratas e 11 bronzes: 59, no total2º BRASIL - 14 ouros, 9 pratas e 16 bronzes: 393º GRÃ-BRETANHA - 13 ouros, 9 pratas e 6 bronzes: 284º ESTADOS UNIDOS - 12 ouros, 10 pratas e 12 bronzes: 345º UCRÂNIA - 11 ouros, 8 pratas e 8 bronzes: 27

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6º RÚSSIA - 10 ouros, 16 pratas e 15 bronzes: 41

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