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Brasil ganha, mas quase ninguém vê

Torneio de futebol abre competição no Rio com público de 300 torcedores em São Januário; cerimônia inaugural do evento será apenas hoje, às 16h, no Engenhão

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Por Bruno Lousada
Atualização:

Se a expectativa é de casa cheia hoje, às 16 horas, no Engenhão, para a cerimônia de abertura dos Jogos Mundiais Militares, ontem o público foi decepcionante no primeiro evento da competição. Sob o olhar de no máximo 300 torcedores, apesar da distribuição gratuita de ingressos, o time de futebol masculino do Brasil estreou com vitória sobre a Argélia, por 1 a 0, em São Januário. O horário e o dia da partida também não ajudaram a ter mais pessoas no estádio: 10 horas da manhã de uma sexta-feira sem feriado. Quem acordou cedo e foi para lá assistiu a um jogo que literalmente deu sono. Com espaço de sobra na arquibancada, um homem deitou e dormiu, enquanto a bola rolava. Logo nos primeiros minutos, o goleiro Braz roubou a cena: fez duas defesas salvadoras no mesmo lance. Grande parte da torcida levantou-se, esboçou gritar o nome do camisa 1, mas... Como se chama o goleiro? A maioria não sabia. O jeito, então, foi cantar em alto e bom tom: "Brasil! Brasil! Brasil!".Um funcionário designado para controlar o portão de acesso ao campo estava tenso. Antes do apito inicial, seu colega de trabalho bobeou, um cachorro invadiu o gramado e não queria sair dali de jeito nenhum. O animal foi retirado com muito custo e o responsável pelo descuido levou uma bronca."Já pensou um animal correndo atrás dos jogadores e dos fotógrafos durante o jogo? Iria complicar minha vida", disse o rapaz, com a atenção redobrada para evitar novo transtorno. O craque e atual deputado federal Romário deu o pontapé inicial e vibrou com o gol de cabeça do atacante Renildo quase no fim do primeiro tempo.

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