Publicidade

Brasil prevê caminho difícil até Pequim

Seleção feminina pega Espanha e outros rivais fortes no Pré-Olímpico mundial, em Madri

PUBLICIDADE

Por Heleni Felippe
Atualização:

O Brasil não foi favorecido pelo sorteio que dividiu os grupos do Pré-Olímpico Mundial, de 9 a 15 de junho, em Madri, onde estarão em disputa as últimas cinco vagas para o torneio de basquete feminino dos Jogos de Pequim, em agosto. A seleção brasileira ficou no Grupo C, com Espanha, vice-campeã européia e anfitriã da competição seletiva, e Ilhas Fiji, rival frágil. "O sorteio não foi bom para nós, mas o Brasil completo tem tudo para ficar com a vaga. Só vai ser mais difícil", afirma animado o técnico Paulo Bassul, que também dirige o time feminino de Ourinhos. "O Pré-Olímpico tem seis forças - as quatro equipes européias (Espanha, Bielo-Rússia, República Checa e Letônia), mais Cuba e Brasil. E quatro forças caíram do nosso lado", comenta. "Nas outras duas chaves pode-se apostar em Letônia e República Checa, mas do nosso lado uma força vai ficar sem a vaga." O Brasil fará duas partidas dentro do grupo. Classificam-se os dois melhores, que cruzam com os primeiros do Grupo D, composto pela fraca equipe de Taiwan e as fortes seleções de Cuba e Bielo-Rússia. O Grupo A tem Senegal, Japão e Letônia. O B, Angola, Argentina e República Checa. O Pré-Olímpico não terá campeão. Os vencedores de cada cruzamento (1º A x 2º B; 2º A x 1º B, 1º C x 2º D; 2º C x 1º D) garantem vaga para Pequim. Já os colocados de 5º a 8º decidem a última vaga. "Tanto faz ganhar ou não da Espanha. O cruzamento que é crucial, porque vai decidir a vaga", apontou a ala Iziane. "O jogo decisivo do Brasil será contra Cuba ou Bielo-Rússia", imagina. "Aí sim será o mais complicado, é o jogo da vaga e decide nossa vida." PREPARAÇÃO CURTA Paulo Bassul espera ter de volta ao time jogadoras como a pivô Érika e a armadora Adrianinha, que não disputaram o Pré-Olímpico das Américas, quando o Brasil perdeu para Cuba, na semifinal (terminou em 3º), e a vaga olímpica ficou com os Estados Unidos. A seleção terá apenas duas semanas para treinar completa, a partir do fim de maio, quando terminam os principais campeonatos da Europa, onde está boa parte das jogadoras brasileiras. Ele terá de acelerar a preparação para conseguir resultados expressivos. Sete países já têm vagas asseguradas em Pequim: China (sede), Austrália (campeã mundial), Estados Unidos (Américas), Mali (África), Coréia do Sul (Ásia), Rússia (Europa) e Nova Zelândia (Oceania).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.