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Brasil: pronto para guerra contra EUA

Por Agencia Estado
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As meninas do vôlei esperam uma verdadeira batalha no jogo desta terça-feira, às 15h30 (de Brasília), contra os Estados Unidos, pelas quartas-de-final do torneio olímpico. Apesar de ter feito campanha bem superior à do adversário na primeira fase, o Brasil acredita em confronto equilibrado, decidido nos detalhes. "A fase mais complicada, na minha opinião, é a das quartas-de-final, pois, se passarmos, ficaremos bem perto de uma medalha, mas, se perdermos, acabou, brigaremos pelo 5.º lugar", afirmou o técnico José Roberto Guimarães. A partir desta terça-feira qualquer derrota passa a ser fatal, independentemente do aproveitamento na primeira semana. Quem ganha fica, quem perde vai embora. Por isso, enfrentar as norte-americanas logo na estréia da etapa eliminatória era tudo o que as atletas não queriam. "Se pegássemos a Alemanha (eliminada na última rodada), seria mais fácil", admitiu a meio-de-rede Mari, que completou 21 anos ontem. "As americanas, além de altas, são fortes e defendem muito bem." Na teoria, o Brasil leva amplo favoritismo. Até agora, ganhou os cinco jogos que diputou na competição e tem 100% de aproveitamento. Os Estados Unidos iniciaram muito mal o torneio e tiveram resultados surpreendentemente negativos, como a derrota para a República Dominicana por 3 a 2 e para a Rússia pelo mesmo placar. Na última rodada, precisavam de qualquer jeito da vitória para garantir vaga nas quartas-de-final. E aí, sim, tiveram excelente desempenho: 3 a 0 diante de Cuba. A seleção de Zé Roberto, por outro lado, foi bem na fase de classificação, mas pegou oponentes bem mais fracos. Com exceção da partida contra a Itália, da qual ganhou por apertados 3 a 2, teve apenas figurantes pela frente: Grécia, que só chamou a atenção pelo uniforme sensual, Quênia, que ainda nem engatinha no vôlei, além de Japão e Coréia do Sul. A preocupação das garotas é com uma eventual falta de ritmo de jogo, que pode ser sentida contra um adversário mais perigoso. "Pelo menos aproveitamos a primeira fase para treinar forte e fazer bom trabalho de musculação", comentou a ponta Virna. Obstáculo - De acordo com Fernanda Venturini, o Brasil precisa melhorar para passar pelos Estados Unidos e sonhar com o ouro. "Apesar dos problemas na primeira fase, os Estados Unidos têm equipe muito boa", analisou a levantadora. Zé Roberto, que se irritou com algumas atuações do time, concorda com a jogadora, mas acredita que a seleção vem evoluindo na competição e pode crescer ainda mais. "Estamos seguindo os passos do Grand Prix." Segundo o treinador, é preciso ter atenção com atletas como Tayyiba Haneef e Danielle Scott - que já atuou no Brasil. No último confronto, as brasileiras venceram as americanas por 3 a 2, justamente no Grand Prix, mas tiveram bastante trabalho.

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