Publicidade

Brasileiras unidas para ganhar a SS

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

As corredoras brasileiras na São Silvestre vão apostar na união para deixar as corredoras estrangeiras para trás - principalmente a favorita Lydia Cheromey, do Quênia. Para Maria Zeferina Baldaia, Adriana da Silva, Adriana de Souza e Marily dos Santos, trabalhando em conjunto o Brasil terá mais chances de conquistar lugares no pódio da mais tradicional prova de rua da América Latina. Cotada como brasileira com mais chances de vencer a São Silvestre, Maria Zeferina aposta todas suas fichas na última corrida do ano. "União faz a força mesmo. Admiro muito o trabalho que as estrangeiras fazem, principalmente as quenianas. Pode ver que a São Silvestre é muitas vezes decidida no quilômetro final", diz a corredora de 32 anos, vencedora em 2001. "Quando venci, o momento mais marcante foi na subida da Brigadeiro. A Márcia Narloch estava comigo e a Margareth Okayo subindo, quando ela encostou em mim e disse que não dava mais, que o ritmo estava muito forte para ela. Então ela disse "vai, Zeferina, vai." E eu venci." Adriana de Souza, que em 2003 não participou da prova por um problema de hérnia de disco, esteve no pódio em 2000, 2001 e 2002. "Faz muita diferença correr com outras brasileiras te incentivando, dá mais ânimo. A São Silvestre é uma prova diferente, não dá pra saber quem vai vencer." Adriana da Silva concorda: "Eu já incentivei e já fui incentivada também. Eu não teria problemas em ajudar alguém que tivesse mais condições de vencer." Zeferina emenda: "Nesta hora eu acho que a gente deve pensar no Brasil, acima de tudo. É importante que uma brasileira consiga vencer a prova, ou pelo menos subir ao pódio." A ex-bóia fria guardou todas as energias para a última corrida do ano: "2004 foi um ano de recomeço para mim. Em 2003 eu tive um problema sério de overtraining (excesso de treinamento) e fiquei muito frustrada por não poder disputar a Olimpíada de Atenas. Mas eu só tinha duas opções: continuava a trabalhar lesionada, ou parava e me recuperava. Foi isso o que eu fiz. Voltei a treinar forte no começo de 2004 e a competir em junho. A São Silvestre é uma prova diferente e muito especial." Bater o recorde da prova, de Hellen Kimayo, em 1993 (50min26s), é o que menos preocupa as brasileiras. "Depende do tempo, a gente nunca sabe o que esperar: chuva, sol, frio ou calor. Espero que o tempo esteja agradável, não muito quente, para todas as corredoras se sentirem bem para correr", diz Zeferina. Adriana da Silva endossa: "Tudo tem de estar bem para um atleta bater o recorde: o tempo, se o corredor acordou bem, se ele tem sorte...o mais importante para todas nós é, primeiramente, conseguir uma boa classificação. Sonho em vencer a São Silvestre desde que tenho 12 anos, e pelo menos desta vez me sinto bem confiante."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.