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Brasileiro tem três pupilos nos 800 metros

O técnico Luiz Alberto de Oliveira treina na modalidade o queniano Nicholas Wachira, o norte-americano David Brummenacker e o compatriota Osmar Barbosa, para quem torce mais na prova.

Por Agencia Estado
Atualização:

O técnico brasileiro Luiz Alberto de Oliveira tem um triplo motivo para acompanhar atentamente a segunda das oito séries qualificatórias dos 800 metros nesta quinta-feira, a partir das 15h35 (horário de Brasília), no Stade de France. A série em questão reúne três atletas que treinou para o Mundial de Atletismo, em Paris. O queniano Nicholas Wachira estará na raia 1, o brasileiro Osmar Barbosa dos Santos, na 4, e o norte-americano David Brummenacker, na 5. Luiz Alberto, que foi técnico do campeão olímpico Joaquim Cruz - até hoje o recordista sul-americano dos 800 metros (1min41s77, marca feita em 1984), mora e prepara seus atletas em Tucson, Arizona, nos Estados Unidos. Osmar recebe orientações nas competições, nas visitas do técnico ao Brasil e à distância, uma vez que divide seus treinos entre a pista de terra de Marília e, quando chove, principalmente, a de Presidente Prudente, que é sintética. "O Osmar tem possibilidade de ir à final, mas vamos aguardar... O Hudson também poderia estar na decisão dos 1.500 m e viu o que aconteceu", observou Luiz Alberto, referindo-se ao ´caixote´ (ficou preso na raia interna) que deixou Hudson fora das finais. Serão dois os atletas classificados em cada uma das séries e os oito melhores por tempo para a semifinal, na sexta-feira. "O Osmar é um corredor de ir para a frente, tem de correr forte desde o início. Se não for o primeiro e o segundo na série se classifica por tempo. O David Brummenacker tem uma chegada forte e pode forçar na parte final". Luiz garante sua torcida por Osmar, o 17° no ranking de pontos da Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf) este ano, mas os seus outros dois atletas estão mais bem colocados. O queniano Wachira ocupa o 15° lugar no ranking e o norte-americano Brummenacker o 6° e campeão do Mundial Indoor de Birmingham, este ano. Brummenacker, aliás, é incluído pelo treinador na lista dos favoritos ao pódio do Mundial, juntamente com outros atletas citados por Osmar como rivais perigosos, como o atual recordista mundial da distância, o dinamarquês Wilson Kipketer (com 1min41s11, de 1997), também o primeiro do ranking mundial da Iaaf este ano, o queniano Wilfred Bungei, os sul-africanos Hezequiel Sepeng e Mbuireni Mulaudziy e o russo Yuriy Borzakovskyi. "O meu objetivo é estar na final, entre os oito melhores. E para isso, tenho de correr por volta de 1min45s", afirma Osmar, que ficou com a medalha de prata (1min45s67) nos Jogos Pan-Americanos de São Domingos e correu mais duas vezes na Bélgica, com tempos de 1min45s53 e 1min45s72, antes de estrear nesta quinta-feira no Mundial. "Eu trabalho para agüentar os três ´tiros´ (corridas) que tenho de fazer. Sempre tem um dia e uma noite para descansar entre a eliminatória, a semifinal e a final. Não vou ficar me poupando. Vou correr sempre para me classificar", observou Osmar. Barreiras - Nesta quinta-feira, o Brasil também disputa as eliminatórias dos 110 metros com barreiras, a única prova em que o País colocou três competidores. "A briga pelo índice, de 13s50, foi boa. Embora não tenhamos ainda um nível internacional para correr na casa dos 13s10, como os melhores do mundo, no Brasil na barreira uma boa safra interna de competidores", afirma Mateus Inocêncio, que fez história ao compor a primeira equipe brasileira de bobsled a disputar a Olimpíada de Inverno de Salt Lake City, em 1999. Redelen Melo dos Santos e Márcio Simão de Souza, medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos, completam o time brasileiro na prova.

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