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Brasileiros distribuem bananas nos EUA

Hoje, na cerimônia de encerramento dos Jogos - que a Rússia, após ameaça, desistiu de boicotar - o atleta do luge, Renato Mizoguchi, foi o porta-bandeira do Brasil.

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Por Agencia Estado
Atualização:

A participação brasileira nos Jogos Olímpicos de Inverno terminou com uma farta distribuição de bananas, após o 27.º lugar da equipe de bobsled (entre 33 países), que superou as expectativas, terminando à frente de equipes com tradição no esporte, como Mônaco, Noruega 1, Alemanha 1 e Nova Zelândia 1. Na soma das quatro descidas, as "Bananas Congeladas", como ficou conhecido o time brasileiro, marcou 3min16s73. Os vencedores foram Alemanha 2 (3min07s51), seguida dos Estados Unidos 1 (3min07s81) e Estados Unidos 2 (3min07s86). Hoje, na cerimônia de encerramento dos Jogos - que a Rússia, após ameaça, desistiu de boicotar - o atleta do luge, Renato Mizoguchi, foi o porta-bandeira do Brasil. No bobsled, a festa foi grande na pista de Park City, cidade vizinha a Salt Lake, considerada a mais rápida do mundo. Assim que terminaram a quarta e última descida, os brasileiros jogaram bananas para a torcida, que foi ao delírio. "É uma honra o apoio que recebemos de todos, mas eu só vou sossegar quando o Brasil conquistar uma medalha nos Jogos de Inverno", disse Eric Maleson, piloto e capitão da equipe, que teve contato com o esporte em 1994, quando morava nos EUA. Eric foi buscar no atletismo, em pesquisas na Internet, os outros membros da equipe. Os dois pushes (empurradores) do Brasil são Matheus Inocêncio, dos 110 metros com barreiras, e Edson Bindillati, que faz decatlo. O brakeman (freia o trenó no final da descida) é Cristiano Paes, também do decatlo. O reserva do Brasil é Rodrigo Palladino, dos 110 m com barreiras. À exceção de Eric, ninguém havia visto neve antes de começar a praticar o bobsled. "Deu tudo certo e agora é comemorar. Se Deus quiser, vou estar nos Jogos de Atenas, em 2004. De dois em dois anos, uma Olimpíada", sonha Matheus. Após a prova, ao ritmo do samba tocado por eles, os brasileiros continuaram a festa em uma churrascaria. Alexander Penna também sentiu, sábado, o carinho e o apoio do público durante os 50 quilômetros do cross country. O brasileiro completou a mais longa e desgastante prova do programa olímpico em 3h23min58s07, terminando em 59.º lugar (entre 61 participantes). O vencedor foi o espanhol Johann Muehlegg (2h06m05s9), seguido pelo russo Mikhail Ivanov (2h06m20s8) e do estoniano Andrus Veerpalu (2h06m44s5). Quando cruzou a linha de chegada, Alexander foi ovacionado. Logo depois, caiu ao chão, exausto. "Estou muito cansado. Só me resta dizer obrigado ao público", disse Alexander. Doping - O espanhol Johann Muehlegg, que ganhou a sua terceira medalha de ouro dos Jogos, justamente nessa prova dos 50 km em que participou o brasileiro Alexander, poderá ser punido. Johann teve resultado positivo em controle antidoping realizado, na quinta-feira, para a substância Darbepoetin Alfa, um hormônio de crescimento similar a Eritropoietina. O atleta já tinha ganhado ouro nos 30 km e nos 10 quilômetros de perseguição. O resultado da contraprova do espanhol de origem alemã será divulgado amanhã pelo COI. Veja a galeria

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