Publicidade

Brasileiros do revezamento prestam continência no pódio do Mundial

Os nadadores Luiz Altamir, Fernando Scheffer e Leonardo Santos recebem apoio do Exército

PUBLICIDADE

Por Paulo Favero
Atualização:

Uma cena tem se tornado comum toda vez que atletas brasileiros que recebem apoio do Ministério da Defesa sobem ao pódio em competições internacionais. Na hora do hino nacional do país vencedor e do hasteamento das bandeiras, os competidores prestam continência, uma saudação militar para manifestar respeito. Nesta sexta-feira, depois de ganhar a medalha de ouro no revezamento 4 x 200 m livre no Mundial de natação em piscina curta, que está sendo disputado em Hangzhou, na China, Luiz Altamir, Fernando Scheffer e Leonardo Santos prestaram continência no pódio. O único que não fez foi Breno Correia, que não é atleta militar.

Luiz Altamir, Fernando Scheffer, Leonardo Santos e Breno Correia Foto: Ng Han Guan/AP

PUBLICIDADE

Luiz Altamir, Fernando Scheffer e Leonardo Santos tem o cargo de 3º Sargento do Exército. Assim como eles, muitos outros atletas também são militares e essa foi uma forma de ajudar competidores de elite a ter mais recursos, numa parceria do Ministério do Esporte com o da Defesa. Só para se ter uma ideia, dos 465 atletas do Time Brasil nos Jogos do Rio, 145 eram atletas militares.

O trio fez o gesto no pódio e relembrou diversas comemorações que ocorreram com brasileiros nos últimos anos. Nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, em 2015, a continência chamou muita atenção e na época a organização do evento viu aquilo como um gesto patriótico. No ano seguinte, nos Jogos do Rio, muitos atletas repetiram a continência no pódio e o COI (Comitê Olímpico Internacional) não se incomodou.

Todo atleta que recebe ajuda das Forças Armadas é obrigado a passar por um programa de reciclagem a cada seis meses. Nele, aprende a usar armas e recebe informações sobre normas de conduta, entre outras coisas. Os críticos da continência no pódio dizem que o gesto faz referência a um tipo de "patrocinador", o que seria proibido pelo código de conduta.

 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.