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Brasileiros têm tradição em Pan-Americanos nas lutas

As 6 modalidades em disputa no Rio terão 272 medalhas em jogo; o judô é o 3.º em número de pódios para o País: 85

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os combates, tema deste segundo caderno do Pan que o Estado publica em sua edição desta segunda-feira, estão entre as modalidades mais antigas de que se tem notícia em disputa nos Jogos Olímpicos e em outras competições mundiais. No Pan do Rio, de 13 a 29 de julho, os combates vão envolver 68 eventos, a disputa de 272 medalhas no boxe, caratê, esgrima, judô, lutas livre e greco-romana e tae kwon do. Todas as lutas estão entre as modalidades que distribuem medalhas de bronze em dobro - serão 136 bronzes. Entre as lutas, o judô é o esporte brasileiro que mais medalhas conquistou na história do Pan - 85 (21 de ouro, 23 de prata e 41 de bronze). É o terceiro mais vitorioso, atrás do atletismo (114) e natação (110). O objetivo do judô é superar, em casa, as melhores campanhas da modalidade. Nos vários intercâmbios e competições pela Europa, além de aproveitar para conhecer os rivais, a seleção trabalha para aprimorar a potência física das atletas no feminino e a técnica no masculino. O judô, que tem destaques como o meio-leve João Derly, campeão mundial, quer ao menos repetir os cinco ouros que ganhou em São Domingos (2003) e Indianápolis (1987). Em número de medalhas, o melhor desempenho do judô foi em Mar del Plata (1995), com 13 pódios. O boxe é uma das mais antigas formas de luta. Sete séculos antes de Cristo o esporte já era popular e, no século 17, já se lutava por dinheiro na Inglaterra. A modalidade é amadora em Olimpíadas e Pans. O Brasil tem o desafio de ganhar um ouro que não consegue há 44 anos. Nas lutas, que integram o programa olímpico desde antes dos Jogos da Era Moderna, em 1896, o Brasil tem três medalhas em Pans, e apenas na luta livre. O objetivo é superar esse número e ganhar pelo menos uma medalha em cada modalidade: luta livre (masculino e feminino) e greco-romana (só masculino) . O destaque é Antoine Jaoude, prata nos 86 kg luta livre, em São Domingos. No Brasil, o tae kwon do, arte marcial com raízes milenares, tradicional na Coréia, é menos conhecido do que o judô e o caratê. Ajuda no objetivo da modalidade de tornar o esporte mais conhecido com o Pan do Rio o fato de o Brasil ter uma estrela, a campeã mundial Natália Falavigna. O tae kwon do também tem como destaque o lutador Diogo Silva, quarto na Olimpíada de Atenas (2004), sem clube e sem salário desde o ano passado (a confederação diz que o dinheiro da Lei Piva não é suficiente). O caratê é uma arte marcial que surgiu na Ilha de Okinawa, no Japão, a partir da proibição de portar armas feita aos habitantes. É a arte de autodefesa com as mãos vazias. Integra o programa do Pan desde a edição de Mar del Plata (95). A seleção brasileira foi definida em fevereiro. É um grupo renovado, com destaque para a campeã mundial júnior Valéria Kumizaki e o vice-campeão na mesma categoria Caio Duprat. O caratê disputará as 9 categorias e deseja melhorar a campanha de Winnipeg (99), com um ouro, quatro pratas e três bronzes. A esgrima é luta com arma - espada, sabre ou florete, disputada nas categorias individuais e por equipe. Embora sua origem mais remota chegue a 2 mil anos antes de Cristo, só virou esporte de competição em 1874. O Brasil não conquista uma medalha em Pan-Americano desde o bronze na espada ganho com a equipe masculina no Pan do México (75). A seleção poderá ter a russa naturalizada Karina Lakerbai, de 18 anos, no sabre.

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