PUBLICIDADE

Publicidade

Brawn GP vê Red Bull crescer e virar favorita

Após duas dobradinhas seguidas, equipe de Vettel e Webber arranca elogios até de Ross Brawn, chefe da escuderia inglesa, antes a imbatível

Por Livio Oricchio
Atualização:

Não é preciso compreender de Fórmula 1. Basta observar a classificação do campeonato, prova a prova, para perceber que está em curso, há duas corridas, uma inversão de papéis: o domínio que foi da Brawn GP na primeira metade da temporada, com quatro vitórias seguidas de Jenson Button, por exemplo, deslocou-se para a equipe Red Bull, de Sebastian Vettel e Mark Webber, já segundo e terceiro no Mundial. Button continua líder, mas seu companheiro, Rubens Barrichello, já caiu de segundo para quarto depois da segunda dobradinha seguida da Red Bull, agora no GP da Alemanha. Ross Brawn, sócio e diretor do time inglês, tem tanta consciência do perigo que o avanço do projeto do genial engenheiro Adrian Newey, responsável pelo carro da Red Bull, representa que já em Nurburgring interveio para Button classificar-se na frente de Rubinho, ainda que por um ponto apenas, quinto a sexto lugar, e negue de pés juntos a intervenção. "Eu não estou surpreso com o que a Red Bull vem apresentando", diz Brawn. "Nós, a Toyota e a Williams tínhamos um conceito de carro que os demais não. Quando eles passassem a dispor sabíamos que cresceriam bem mais que nós." Esses três times iniciaram o campeonato com a estrela técnica da temporada, o difusor duplo, concepção da porção traseira do assoalho do carro capaz de oferecer maior pressão aerodinâmica e, portanto, maior velocidade nas curvas. "Eles chegaram e já nos passaram", define Rubinho, em relação ao que têm feito Vettel e Webber. "Se não introduzirmos mudanças profundas no nosso carro nós não venceremos mais corridas", diz Button, preocupado, claro, mas ainda com boa folga na classificação: 68 pontos diante de 47 de Vettel, 45,5, de Webber, e 44 de Rubinho. As duas escuderias estão muito à frente das demais. Felipe Massa, quinto colocado, soma 22. "A versão que estreamos no GP da Grã-Bretanha (dia 21 de junho) representou já uma evolução do primeiro modelo que usamos em Mônaco. Lá tínhamos só o duplo difusor, ao passo que em Silverstone todo o carro foi concebido para explorar as imensas potencialidades do duplo difusor", explica Newey. "E estamos compreendendo, ainda, muita coisa. Penso que a evolução não só do time, mas dos que continuarem investindo nos atuais modelos será grande." "A vantagem que a Red Bull tem sobre todos os demais é maior do que a nossa no início do campeonato", avalia Rubinho.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.