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Camilo tenta impugnar luta com Canto

Por Agencia Estado
Atualização:

O judoca Tiago Camilo ainda passou "um tempo pensando se havia fugido nos últimos dez segundos da luta" contra Flávio Canto, em que perdeu a vaga de titular na seleção olímpica nos Jogos de Atenas, antes de pedir a impugnação do combate ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Concluiu que não houve fuga. Acha injusta a punição que recebeu do árbitro Luiz Yamate, do Espírito Santo, por falta de combatividade, a 2 segundos do fim de um combate que vencia por yuko. O pedido de impugnação foi entregue ao presidente da Confederação Brasileira de Judô, Paulo Wanderley, na quarta-feira e encaminhado nesta quinta ao presidente do STJD, Paulo Schmidt. O tribunal terá 60 dias para se pronunciar sobre o assunto. "Eu não fugi na luta, não seria tão juvenil na disputa de vaga olímpica. Eu dominei o combate por quatro minutos e 50 segundos e fui punido por falta de combatividade nos últimos dez segundos? Isso não faz sentido. Faltando 20 segundos eu fiz uma projeção e consegui o golpe, a 10 segundos tentei outra projeção, que não caracterizou o golpe. Áí administrei os 10 segundos finais, mas não fugi. Qualquer atleta do mundo faria isso." Tiago disse que prefere não entrar no mérito da atitude do árbitro, se "houve falta de capacidade ou má-fé", mas não se conforma em ter perdido a vaga olímpica após quatro anos de trabalho. Tiago acha que tudo ocorreu de "forma estranha", num ginásio com uma torcida totalmente favorável a Flávio Canto, numa cidade com a qual o seu rival tem ligações (Teresópolis), por estar indo bem em um peso no qual está chegando agora (mudou de categoria desde Sydney), por seu irmão, Luiz Camilo, estar tentando adiar a luta com Leandro Guilheiro, por força de liminar. O presidente da CBJ, Paulo Wanderley, disse que caberá ao STJD, que é independente, avaliar a questão. Disse que respeita o processo democrático, mas também acha que a AD São Caetano está "abusando" do momento de abertura porque passa o judô após a ?Era Mamede?. "Antigamente, as coisas eram resolvidas no grito. Agora o fio está virando. As pessoas não estão acostumadas e surgem os excessos." Mário Tsui Tsui, da AD São Caetano, disse que o advogado Heraldo Panhoca apresentou os argumentos de Tiago Camilo em um documento de cerca de seis páginas. "Não queremos ?bater? na CBJ, mas o Tiago se sentiu prejudicado, roubado..."

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