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Caminho do ouro de Ricardo-Emanuel começa com vitória arrasadora

Por PEDRO FONSECA
Atualização:

Ainda que mantenham o discurso de cautela, Ricardo e Emanuel estão entre os brasileiros que só deixarão o Pan-Americano do Rio de Janeiro com o sentimento de dever cumprido se conquistarem a medalha de ouro. A estréia, nesta terça-feira, foi um atropelamento em 31 minutos sobre os representantes colombianos. Atual campeã mundial e olímpica, a dupla abriu mão de uma etapa do Circuito Mundial para disputar o Pan pela primeira vez e já entrou em quadra um dia após desembarcar da Europa. Mas nem todo o cansaço da viagem fez com que os brasileiros tivessem alguma dificuldade contra Rafael Cabrales e Diego Naranjo, que foram derrotados por 21-6 e 21-14 na Arena da praia de Copacabana. "Quando cheguei estava muito ansioso para jogar, eu nunca tinha disputado um Pan-Americano antes, mas gostei muito dessa experiência", disse após a partida Emanuel, que abriu mão de disputar o Pan de Santo Domingo, em 2003, para seguir no Circuito Mundial, que classificava para a Olimpíada de Atenas, onde conquistou o ouro. "Eu até dava umas olhadas para a arquibancada de vez em quando para ver a reação da torcida e fiquei muito contente por estar jogando aqui," acrescentou. Se os brasileiros estão entre os melhores do mundo, do outro lado da quadra a dupla colombiana disputava sua primeira competição internacional. Rafael é professor universitário de educação física, e Diego divide seu tempo entre a faculdade de psicologia e o emprego na área pública de saúde. Quando a agenda de ambos coincide, aí sim eles se reúnem para treinar. O nível da partida foi tão fraco que os jogadores brasileiros ainda treinarão esta tarde para manter o ritmo exigido durante a temporada do Circuito Mundial. Eles sabem que no Pan não terão adversários à altura dos que estão acostumados, até porque as quatro outras duplas que estão no Pan e jogam o circuito nunca tiveram resultados expressivos. "Cuba, Canadá, México e Venezuela nós conhecemos porque elas rodam o circuito, mas os outros adversários serão uma surpresa. Até a dupla dos Estados Unidos nós não conhecemos, mas acreditamos que eles sejam fortes candidatos à semifinal pelo o que conhecemos do vôlei de praia deles", disse Ricardo. "Tomara que as outras surpresas sejam como essa de hoje", acrescentou. Sobre os questionamentos a respeito do amplo favoritismo, Emanuel recusa o rótulo de deus da praia do Pan, como sugere o significado de seu nome, "Deus conosco". "Isso é demais, eu sou muito mais tranquilo", disse ele. "Dentro de quadra eu gosto sempre de vencer, por isso que eu sigo vencendo, estou sempre treinando muito para melhorar e vencer."

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