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Campanha vitoriosa do beisebol brasileiro foi bancada pela MLB

Sem direito à verba da Lei Agnelo/Piva desde que o esporte deixou de ser olímpico, seleção foi ao Panamá graças ao apoio da Liga Americana

Por Amanda Romanelli
Atualização:

SÃO PAULO - A campanha vitoriosa que levou o beisebol do Brasil à inédita classificação para o World Classic de 2013, o Mundial da modalidade, não teve muitos reais de investimento. Passagens, hospedagens e uniformes da seleção, que venceu as Eliminatórias no Panamá, foram pagos pela Major League Baseball (MLB), a liga americana.

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"Não tivemos ajuda do governo brasileiro ou do Ministério do Esporte. Todo esse custo foi bancado pela MLB", disse ao Estado, por telefone, Jorge Otsuka, presidente da Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol (CBBS), diretamente da Cidade do Panamá. Desde 2009, a entidade não recebe mais verba proveniente da Lei Agnelo/Piva, distribuída pelo Comitê Olímpico Brasileiro, já que a modalidade saiu do programa dos Jogos - a esperança, agora, é para que retorne ao torneio em 2020.

O interesse da MLB no Brasil mostra que o País tem potencial para se destacar na modalidade, embora o beisebol nacional seja pouco disseminado. Há quase dez anos, a liga realiza campings no Brasil. Dos 28 atletas que foram para o Panamá, 23 atuam em ligas profissionais ou semi-profissionais do exterior. O principal nome brasileiro no esporte, hoje, é Yan Gomes, que se tornou o primeiro atleta do País a jogar na MLB - ele fez 43 jogos pelo Toronto Blue Jays e, na próxima temporada, atuará pelo Cleveland Indians.

O único patrocinador que a CBBS possui é a Yakult, que construiu o CT da modalidade, em Ibiúna (interior de São Paulo). "Eles construíram e nos ajudam a manter o centro. Mas agora, com essa vitória, espero que outros patrocinadores apareçam", afirmou Otsuka. O Brasil, que agora faz parte das melhores 16 seleções do mundo, disputará em março uma das chaves do Mundial, contra Venezuela, República Dominicana e Porto Rico, em San Juan.

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