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Canadá vai ao Rio de olho nos Jogos Olímpicos de 2008

Objetivo é usar a competição continental como meio de garantir vaga para várias modalidades em Pequim

Por Agencia Estado
Atualização:

O Canadá é o adversário a ser batido para que o Brasil alcance sua meta no Pan do Rio: conquistar o terceiro lugar na classificação geral. Desde 1971, na edição de Caracas, na Venezuela, os canadenses mantêm-se em terceiro, mesma posição que ocupam no quadro geral histórico da competição - o Brasil é o quinto colocado. Mas a pretensão brasileira não deve provocar calafrios nos adversários. De acordo com o Comitê Olímpico Canadense, o objetivo no Rio é conquistar vagas para a Olimpíada de Pequim, em 2008, e preparar seus atletas para o evento. Nove das modalidades em disputa no Pan são classificatórias ou contam pontos para a disputa chinesa, segundo a entidade canadense. Assim, os brasileiros precisam ter atenção redobrada com o Canadá, especialmente nas provas de hipismo, hóquei sobre grama, handebol, pentatlo moderno, tiro, nado sincronizado, tênis de mesa, triatlo e pólo aquático, nas quais estarão com suas principais equipes em busca de um lugar na China. No último Pan, em São Domingos/2003, o Canadá só ficou em terceiro lugar, uma posição à frente do Brasil, por conta de uma medalha de ouro - foram 29, diante de 28 brasileiras -, mesmo tendo participado da edição da República Dominicana com sua menor delegação em dez anos (421 componentes). Assim como agora, o objetivo era a classificação para a Olimpíada. O resultado, porém, foi decepcionante: apenas duas atletas, a atiradora Cynthia Meyer e a triatleta Jill Savege, atingiram a meta. No Rio, a delegação canadense não deve ser muito maior. O Comitê Olímpico anunciou que cerca de 425 atletas devem fazer parte da delegação, com um investimento aproximado de R$ 30 milhões. Ainda assim, o Comitê Canadense acredita que suas equipes têm condições de conquistar medalhas em todas as 34 modalidades que constam do programa pan-americano. As maiores esperanças, contudo, estão depositadas nas disputas aquáticas - natação, saltos ornamentais, canoagem, remo e esqui aquático -, além do atletismo, ginástica rítmica, trampolim e squash. As forças canadenses também estão na esgrima, tae kwon do e na luta olímpica. Nas lutas livre e greco-romana, o Canadá deve contar com seus principais atletas, incluindo a vice-campeã olímpica Tonya Verbeek (55 kg), de 29 anos. ?Esperamos ter nossos melhores lutadores no Pan?, afirmou ao Estado Greg Mathieu, diretor-executivo da Federação Canadense de Lutas. Isso porque, segundo o dirigente, o time que virá ao Brasil será formado pelos representantes canadenses no Campeonato Mundial, de 18 a 23 de setembro, em Baku, no Azerbaijão. ?Em algumas situações, um ou outro atleta pode ser substituído, mas isso não é comum.? Nos saltos ornamentais, o astro Alexandre Despatie, de 22 anos, atual campeão mundial no trampolim de 1 e 3 metros, também deve ser presença garantida, assim como a saltadora Blythe Hartley. Na ginástica rítmica, a revelação Alexandra Orlando, de 20 anos, deve dar show no tablado. Com apenas 20 anos, fez história nos Jogos da Commonwealth, em Melbourne, em 2006, ao vencer os quatro aparelhos da modalidade - corda, bola, fita e massa -, além do ouro na final individual geral e por equipes. Embora seja um país sem tradição no futebol masculino, as moças devem dar trabalho. Em São Domingos, quando o Brasil conquistou sua primeira medalha de ouro no futebol feminino, o Canadá foi o adversário da decisão (perdeu por 2 a 1). O grande nome da equipe é a atacante Christine Sinclair, de 23 anos, jogadora do Vancouver Whitecaps. No passado, além de ser eleita a melhor atleta da Liga Canadense, foi considerada pela Fifa uma das 20 melhores do mundo.

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