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Carlos Sainz leva susto, mas mantém a liderança

Por Ariel Palacios e BUENOS AIRES
Atualização:

Os pilotos do Rali Dacar Argentina-Chile passaram ontem por uma das jornadas mais difíceis da competição. A 9ª etapa, entre as cidades chilenas de La Serena e Copiapó, não teve momentos de tranquilidade - dos 537 km, 449 foram cronometrados. Ainda antes de partir, o espanhol Carlos Sainz, estrela da categoria carros, profetizou: "Começa a odisseia!" Os pilotos deixaram a cidade litorânea de La Serena e subiram até 1.200 metros de altitude. Na sequência, voltaram ao nível do Pacífico. Desde o início do rali - mas, principalmente, nos últimos dias - quase metade dos pilotos abandonou a competição. Problemas técnicos nos veículos são frequentes. Ontem, o próprio Sainz capotou no meio de uma estrada arenosa. Ainda assim, venceu a etapa e continua na liderança. Hoje, os pilotos partem de Copiapó, passam pelo Deserto do Atacama e voltam à cidade. Amanhã, correm mais uma vez pelos Andes, a 4.700 metros de altitude, para entrar outra vez em território argentino e iniciar o retorno à Buenos Aires. É quando a odisseia terminará. O governo argentino expressou nos últimos dias a certeza de que o rali voltará a ser disputado no país no ano que vem. Para os argentinos, 2010 é um ano de festa: será comemorado o bicentenário da Revolução de Mayo, que marcou o início do processo de independência. Para o governo, a realização do rali é sinal de prestígio, já que o automobilismo tem muitos fãs no país. No entanto, a organização indica que o rali voltará às suas origens. "O Dacar é uma corrida da África. Se houver a possibilidade de voltar, com certeza o faremos", afirmou o diretor-geral Étienne Lavigne.

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