
07 de abril de 2011 | 00h00
A polêmica envolvendo o jogador Michael, do Vôlei Futuro, que foi vítima de homofobia por parte da torcida do Cruzeiro na primeira partida da melhor de três da Superliga de Vôlei, sexta-feira, em Contagem (MG), provocou nova troca de acusações ontem entre os clubes.
A diretoria do Cruzeiro divulgou nota em que minimizou o ocorrido. "Nada ocorreu que já não tivesse acontecido, em maior ou menor grau, em outros jogos da Superliga de Vôlei", trazia o comunicado. O time de Minas reconheceu, porém, que as alegações de Michael são "genuínas" e disse que ele "merece respeito". Ressaltou que abomina qualquer tipo de atitude discriminatória e pede orientação e conscientização dos torcedores de maneira geral em todo o País, mas alfineta o adversário. "Lamentamos que o time adversário recorra, fora da quadra, para a prática de acusações extemporâneas. E que tenha escolhido exatamente o momento após a derrota para lançar uma campanha contra a homofobia, que é absolutamente válida, mas que veio acompanhada de fantasiosas e irresponsáveis acusações."
E ainda afirmou. "Não estranhamos a postura do Vôlei Futuro, que já foi responsável por várias confusões nesta Superliga, ainda na fase classificatória."
À noite, o Vôlei Futuro respondeu também por meio de nota oficial. "É totalmente absurda tal declaração. A equipe do Vôlei Futuro não é e nunca foi responsável por qualquer confusão dentro ou fora da quadra. Nunca fomos punidos pelo STJD. Mais uma vez o Cruzeiro perdeu a oportunidade de mostrar atitude mais digna e mais construtiva em relação ao episódio, se desculpando perante todos do ocorrido na partida em Contagem."
A segunda partida de semifinal está marcada para sábado, às 10 horas, no Ginásio Plácido Rocha, em Araçatuba. Se vencer, o Cruzeiro estará na final da competição. Já o Vôlei Futuro precisa do resultado positivo para forçar um terceiro jogo, novamente na casa do adversário.
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