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Cavaleiro Rodrigo Pessoa lamenta falta de montarias no Brasil

Brasileiro pode participar pela sétima vez seguida de Olimpíada, mas demonstra preocupação com os cavalos da equipe nacional

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Foto do author Marcio Dolzan
Por Marcio Dolzan
Atualização:

O cavaleiro Rodrigo Pessoa disse nesta quarta-feira que a Olimpíada de 2016 será "a mais importante" de todas - será sua sétima participação, um recorde nacional -, mas revelou preocupação com os cavalos. Apesar de o Brasil ter conseguido um resultado expressivo no Mundial da Normandia (França), em setembro, quando deixou escapar o bronze por pouco mais de dois décimos de segundo, a equipe brasileira não conta com cavalos reservas, o que pode atrapalhar a busca por uma medalha nos Jogos Olímpicos.

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"Claro que a gente depende dos cavalos, das montarias. O ideal seria ter vários cartuchos, para chegar no último momento e decidir as melhores montarias, para montar uma equipe forte", disse Pessoa, campeão olímpico em 2004 e duas vezes medalhista de bronze. "Temos bons cavaleiros, mas temos que tentar agora aumentar o número de cavalos para ter uma equipe forte e decisiva."

No ano passado, o Ministério do Esporte, o BNDES e a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) anunciaram um convênio como parte do Plano Brasil Medalhas. Pessoa destaca a importância do acordo para desenvolver o esporte no País, mas não crê que isso ajudará na aquisição de novos animais para competição. "É difícil uma confederação colocar a mão no bolso. Esses cavalos são caros. A gente depende muito de recursos privados."

Rodrigo Pessoa of Brazil, riding Status during the 3rd round of the individual qualifying show jumping event at the FEI World Equestrian Games in Caen, western France, Saturday, Sept. 6, 2014. Jeroen Dubbeldam of the Netherlands, Patrice Delaveau of France, Rolf-Goeran Bengstsson of Sweden and Beezi Madden of the United States are qualified for the Final 4 on Sunday. (AP Photo/Michel Euler) Foto: Michel Euler/AFP

O cavaleiro, porém, não esconde a ansiedade em estar nos Jogos do Rio, em 2016. "Vai ser a minha sétima Olimpíada, e com certeza a mais importante. Competir em casa é uma oportunidade única", considera. "Temos que brigar por uma medalha em equipe, e depois tentar beliscar algo no individual, que seria o coroamento fantástico."

As declarações foram dadas em meio ao lançamento de sua biografia, "Você será um cavaleiro, meu filho", escrito originalmente em francês, em 2012, e que agora foi traduzida para o português. O livro foi lançado em um shopping na Barra da Tijuca, no Rio, durante exposição dedicada ao pai de Rodrigo, Nelson Pessoa, um dos principais cavaleiros da história do País.

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