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CBF fecha contrato milionário com o Itaú

Banco pagará cerca de R$ 250 milhões por 6 anos para estampar sua marca no uniforme

Por Silvio Barsetti
Atualização:

No ranking dos negócios, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não dá bola fora. Ontem, a entidade fechou parceria com o Banco Itaú até 2014. O novo patrocinador vai pagar US$ 105 milhões (cerca de R$ 249,9 milhões) pelo contrato e terá sua logomarca estampada no uniforme de todas as seleções brasileiras de futebol. Alheia à crise financeira internacional, a CBF tem ainda outro motivo para comemorar o crescimento de seu patrimônio. Chegou a um acordo com a Vivo para a renegociação do contrato. Antes, recebia da empresa de telecomunicações US$ 4 milhões (R$ 9,5 milhões)por ano. Agora, esse valor passará a ser de US$ 15 milhões (R$ 35,7 milhões) pelo mesmo período. O contrato com a Vivo, iniciado em 2005, tem duração de dez anos. No ato da assinatura do contrato com o Itaú, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, exaltou a marca seleção brasileira. "O Brasil sempre teve o melhor futebol do mundo. O grande desafio da minha gestão era fazer com que essa marca, a seleção brasileira, conseguisse uma valorização que estivesse à altura do talento dos nossos jogadores", declarou Teixeira, que, ultimamente, tem evitado falar sobre o futuro da "marca" sob o comando do técnico Dunga. Com a chegada do Itaú, a CBF conta agora com cinco patrocinadores - além da Vivo, também são parceiras a Ambev, a Nike e a TAM. Somente com os recursos que advêm dos patrocinadores, os cofres da CBF vão receber em torno de US$ 5 milhões (R$ 11,9 milhões) mensais já a partir de 2009. Com tanto dinheiro, a entidade pode se dar ao luxo de pagar altos salários aos dirigentes do primeiro escalão - aproximadamente R$ 60 mil. A CBF costuma devolver insinuações ou críticas a respeito do uso desses recursos com a informação de que não lida com dinheiro público, ao contrário, por exemplo, do Comitê Olímpico Brasileiro. Talvez agora, com novo patrocinador, a CBF possa ajudar todos os clubes da Série C do Brasileiro, arcando com parte dos custos de viagem e hospedagem. Também pode fazer o mesmo com os clubes da Copa do Brasil de Futebol Feminino.

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