21 de julho de 2010 | 00h00
O dia mais importante nesse processo foi a quinta-feira passada, data da apresentação de Scolari como técnico do Palmeiras. Até ali, ele era o preferido da direção da CBF para tocar o projeto para a Copa do Mundo de 2014.
Mas, a repercussão das declarações do treinador durante sua entrevista coletiva não foi boa. O departamento de comunicação da entidade fez um levantamento com frases de Scolari sobre a seleção brasileira que circularam por jornais, sites, rádios e emissoras de tevê. Após a análise desse material, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, não escondeu a insatisfação.
Mais envolvimento. A cúpula da CBF esperava que Felipão se envolvesse pessoalmente na negociação para assumir a seleção. A atitude do técnico, porém, foi diferente. Scolari fez questão de ressaltar que só comandaria a seleção no caso de ser liberado pelo Palmeiras, pois não queria arcar com o desgaste de romper o acordo com a diretoria palestrina.
Esse comportamento, porém, mexeu com uma questão política muito delicada, uma vez que exigia negociação entre a direção da CBF e a do Palmeiras. O problema é que a relação entre Teixeira e o presidente do clube, Luiz Gonzaga Belluzzo, não é boa, fato que criou o constrangimento que Teixeira tanto queria evitar. Para tanto, precisava da colaboração de Scolari, o que não ocorreu.
Diante das circunstâncias, a opção foi mirar em Mano Menezes, de quem Ricardo Teixeira já tinha todas as informações necessárias. Os dados foram colhidos durante a Copa do Mundo, quando o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, atuou como chefe da delegação brasileira na África do Sul.
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